Google e Nações Unidas juntas para medir alterações ambientais

Google Earth

A gigante tecnológica Google vai juntar às Nações Unidas para criar uma plataforma que forneça dados gratuitos e em tempo real sobre o impacto da atividade humana nos ecossistemas, a nível global.

O projeto foi divulgado hoje e a ideia passa por aliar as potencialidades da tecnologia, como os conceitos de big data e a computação em cloud da Google, para garantir que é possível ter acesso a informações sobre o impacto humano no ambiente.

Segundo o comunicado das Nações Unidas, quando estiver operacional, esta plataforma conjunta permitirá perceber quais são os pontos mais afetados e, pela primeira vez, “dar informação a governos, ONG e público em geral” para que seja possível definir quais as áreas mais afetadas. E tudo isto com a usabilidade dos produtos Google, que já são familiares para o utilizador.

Erik Solheim, um dos responsáveis pela área ambiental das Nações Unidas, refere que a parceria com a Google permitirá “ter as ferramentas online mais sofisticadas para acompanhar o progresso e identificar áreas prioritárias de ação”, na tentativa de ter um mundo mais sustentável.

Vai ser utilizado o modelo do Google Earth para poder visualizar e analisar áreas de ação, com decisões apoiadas por dados em tempo real, que estarão acessíveis a qualquer pessoa, através da Internet. A longo prazo, esta parceria quer estabelecer uma plataforma que possa servir de análise de acordo com a lógica dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU.

Numa fase inicial, esta parceria é lançada com um foco em ecossistemas onde exista água, como  rios, florestas, aquíferos, lagos, etc. A razão para a escolha desta fase inicial? São áreas que podem só representar 0,01% da água do mundo, mas que servem de habitat para cerca de 10% das espécies conhecidas no mundo. E a redução dos níveis de água nestas zonas estará a prejudicar a diversidade de espécies.

Esta parceria vai ainda estender-se a outras organizações, como a Agência Europeia Espacial, a NASA e ao Centro Comum para Investigação da Comissão Europeia (JRC).