Watson da IBM entra em jogo no torneio de ténis de Wimbledon

O tenista Rafael Nadal, no torneio de Wimbledon, em 2017. REUTERS/Matthew Childs

A inteligência artificial do Watson, criado pela gigante IBM, tem tido várias aplicações ao longo do tempo, inclusive no campo da saúde. No próximo torneio de Wimbledon, a IA é aplicada a outro campo: o de ténis.

Na verdade, o Watson não vai ter um papel preponderante na decisão dos jogos – e nem isso seria de esperar. A inteligência artificial vai ser usada para conseguir compilar os melhores momentos de cada jogo, nos habituais resumos pós-jogo.

A IBM treinou a IA para conseguir reconhecer as emoções dos jogadores ao longo do torneio, que se realiza de 2 a 15 de julho. Segundo explicou à Reuters um dos responsáveis pela parceria entre a All England Lawn Tennis Club e a IBM, a ideia é que a IA consiga analisar os jogos para conseguir incluir momentos de tensão ou de festejos dos jogadores nos resumos que são transmitidos após os encontros.

Além disso, o Watson também vai analisar o volume do barulho que é feito pelos espectadores nas bancadas. Momentos de emoção do público geram maior volume, que passará assim na lista de momentos a reter do Watson. A IBM refere que utilizou aprendizagem automática para treinar o Watson e dotá-lo de capacidades para reconhecimento de emoções.

A IBM disponibiliza um exemplo do trabalho do Watson e como vai contribuir para os resumos das partidas.

Mas não é só na análise dos jogos do torneio que o Watson vai ajudar. Através de plataformas como o Messenger do Facebook, a IBM disponibilizará um bot que vai dar informações sobre pontuações, notícias do torneio e informação sobre os jogadores.

A primeira colaboração entre as duas entidades, para aplicar IA em Wimbledon, começou em 2015.