Publicidade Continue a leitura a seguir

A inovação na saúde volta a ser premiada

Publicidade Continue a leitura a seguir

Com uma nova edição à porta, os vencedores da 1ª e 2ª edição do Prémio HINTT partilham a importância que o prémio teve no reforço da implementação e divulgação dos seus projetos.

O país e o mundo estão a atravessar um momento conturbado. A realidade em que vivíamos mudou e a necessidade de nos adaptarmos de forma rápida é essencial para ultrapassar a situação da forma mais segura para todos.

É a pensar nisso que o Prémio HINTT | Maturidade Digital, instituído pela Glintt, regressa em 2020 com uma nova edição, que culminará com a cerimónia de entrega de prémios, a realizar-se no dia 1 de outubro, na Fundação Champalimaud, no âmbito do evento HINTT. O prazo para submissão de candidaturas ao Prémio HINTT 2020 termina a 30 de agosto.

O foco deste prémio passa pelo reconhecimento e divulgação das melhores práticas de adoção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na área da saúde, que têm como objetivo melhorar a segurança do cidadão, apoiar a decisão clínica e a eficiência global.

A 3ª edição do Prémio HINTT irá manter as mesmas categorias do ano anterior: Startup Innovation, Value Proposition, Clinical Outcomes e Patient Safety.

Os projetos vencedores de 2018 e 2019 destacaram-se pelo seu papel inovador no setor das tecnologias da saúde, pelo foco na resolução de problemas relevantes, e pelo objetivo de melhorar a segurança dos cuidados através da transformação digital e do (re)posicionamento do cidadão no centro do sistema.

A Knok Healthcare foi a primeira startup vencedora do Prémio HINTT, em 2018 na categoria Startup Innovation, com o projeto “Your Healthcare. Everywhere”. Para José Bastos, CEO, “foi muito importante ganhar este prémio porque a Glintt é uma empresa basilar na tecnologia da saúde na Península Ibérica e, particularmente, em Portugal. Ser reconhecido por uma empresa com esta dimensão e credibilidade foi importante”. Para a Knok, a desmaterialização da consulta é crítica para a sustentabilidade dos sistemas de saúde como um todo, “os pacientes precisam de ferramentas que lhes dêem autonomia e os prestadores procuram soluções que optimizem a utilização do tempo das equipas médicas, pois estas são o recurso mais escasso de todo o sistema. A pandemia trouxe esta realidade para o centro das atenções de uma forma radical e a relevância desta tecnologia é fortíssima.”

Já para a Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), vencedora em 2018 da categoria Value Proposition com o projeto “Saúde Agora”, “o prémio reconhece e incentiva as novas competências científicas e a aceitação de novas tecnologias, desenvolvidas pelas equipas multidisciplinares da SCMP, alertando para a necessidade de desenvolver este projeto de forma holística e integrada, na perspetiva de aumentar a esperança e a qualidade de vida”, afirma António Tavares, Provedor da SCMP. O objetivo de diminuir a distância entre a população idosa e as novas tecnologias e potenciar um envelhecimento mais autónomo e seguro, é para a SCMP um fator diferenciador. “Colocar o doente/utente Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) no centro do sistema é certamente uma das mais significativas transformações verificadas nas últimas décadas no domínio da prestação de cuidados de saúde”, conclui João Figueiredo, CIO da SCMP.

Com o projeto “Vision”, venceu pela categoria Clinical Outcomes o Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO Porto), que vê a vitória como “o corolário do trabalho levado a cabo por toda a equipa do Outcomes Research Lab em articulação com vários serviços do IPO Porto”. Para a equipa do IPO Porto, constituída por Mariana Borges, Diretora Serviço de Planeamento e Apoio à Gestão, Emanuel Barros, Vogal Executivo do Conselho de Administração do IPO Porto, e Patrícia Redondo, Diretora Serviço Outcomes Research Lab “vencer este prémio potenciou parcerias com entidades externas na prossecução de estudos de investigação que possam trazer melhores resultados em saúde e mais eficiência, contribuindo para um aumento da qualidade dos cuidados prestados”.

Depois de vencer na categoria de Patient Safety, o projeto ARI – Avaliação do Risco de Infeção, desenvolvido pelo Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC), a “aplicação ARI passou a ser considerada uma aplicação mainstream no core de aplicações dos profissionais”, revelou o IT Specialist do CHLC, Jorge Seco. Acrescentar valor e potenciar o “engagement” dos diversos grupos profissionais, desde o administrativo até ao médico, num modelo de colaboração totalmente integrado é o objetivo final do ARI, um dos acessos de base para os processos de trabalho dos enfermeiros do hospital.

2019 marcou a 2ª edição dos Prémios HINTT, com o foco no cidadão e na tecnologia, abrindo caminhos para a partilha de conhecimentos e reflexão sobre o estado da saúde no futuro. Dos projetos a concurso, saíram vencedores a Peekmed com o projeto “Peekmed”, a NOVA.ID.FCT com o projeto “VR4NeuroPain”, o Hospital Lusíadas de Lisboa com o projeto “Farma Track – Circuito Fechado do Medicamento” e o Centro Hospitalar São João em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e a Priberam com o projeto “Digital Patient”.

Para a Peekmed, vencer na categoria de Startup Innovation “valida e reconhece o trabalho feito por uma equipa. Sermos reconhecidos pelo nosso trabalho por parte da Glintt permitiu uma maior visibilidade da marca PeekMed na rede nacional de hospitais e um fortalecimento das relações já criadas”, afirmou o CEO e Chairman da Peekmed, João Pedro Ribeiro. Embora o foco atual seja na área da Ortopedia, o modo como a tecnologia da PeekMed foi desenvolvida “permite a sua rápida transposição e aplicação para outras especialidades. Isso está planeado, mas é algo para acontecer no futuro, uma vez que ainda existem procedimentos cirúrgicos dentro da área da Ortopedia que queremos ajudar a melhorar e a evoluir”, conclui.

Por outro lado, para a NOVA.ID.FCT, vencedora da categoria Clinical Outcomes, “sem o Prémio HINTT não seria possível fazer a otimização essencial para a continuação do projeto”, uma vez que o projeto “VR4NeuroPain” está neste momento a ser otimizado para um sistema “mais portátil e, por isso, mais user-friendly”. A equipa, composta por Micaela Fonseca e Cláudia Quaresma, Co-Founders and Biomedical Experts, e Heitor Cardoso, Co-Founder, Neuropsychologist and Rehabilitation Expert, aponta o valor do “VR4NeuroPain” como uma solução que “levou a gamificação a uma área da saúde – a reabilitação – com grande impacto na qualidade da vida da pessoa que tem como objetivo promover a recuperação dos déficits motores e cognitivos”.

Na categoria Patient Safety, o vencedor HINTT de 2019 foi o Hospital Lusíadas de Lisboa com o projeto “Farma Track – Circuito Fechado do Medicamento”, um projeto pioneiro do hospital que fez “motivar ainda mais a aposta contínua da tecnologia nos cuidados de saúde que prestamos aos nossos clientes”, comunicou Nuno Martins, CIO. “Para além do aumento da qualidade e segurança dos nossos pacientes, esta solução e distinção elevou ainda mais a maturidade tecnológica do hospital”, concluiu João Rombo, Chief Nurse Information Officer, Hospital Lusíadas Lisboa.

A 3ª edição do Prémio HINTT vai regressar para premiar as soluções mais inovadoras na área da Saúde. Pode enviar a sua candidatura até dia 30 de agosto de 2020, para o email premiohintt@glintt.com.

Como membros do júri, o HINTT vai contar com José Martins Nunes, primeiro presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra; Nuno Sousa, neurorradiologista e presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho; Ana Paula Martins, bastonária da Ordem dos Farmacêuticos; José Penedo, vice-presidente do Conselho Regional do Sul; e António Ferreira, Presidente da Comissão Nacional para os Centros de Referência.

O HINTT, desde a sua primeira edição, tem vindo a comprovar constantemente que a junção da tecnologia ao setor da saúde é o mote para existir mais equidade a custos controlados e melhores resultados em saúde. Portugal reúne todas as condições para que a evolução ocorra dentro das unidades de saúde, mas, para tal, é necessário que se incentive e se aposte em ideias disruptivas e em novos projetos. Todas estas candidaturas (re)afirmam o potencial que existe no nosso país.