No espaço de dez anos, o smartphone destronou definitivamente o computador como plataforma preferencial para aceder à Internet. Pelo terceiro ano consecutivo, o telefone é a escolha de 72% dos portugueses para utilizar a Internet, revelam os dados do Bareme Internet 2020.
Se em 2010 apenas 9% dos portugueses recorria ao telefone para aceder à Internet, este ano o smartphone consolida o domínio. Numa década, o recurso ao mobile é oito vezes maior. Face aos dados do ano passado, trata-se de uma subida de 5 pontos percentuais.
Desde 2018 que o telefone ultrapassa os valores do PC. Em relação a 2019, o computador recuperou ligeiramente: 61%, conquistando mais um ponto percentual em relação ao ano passado.
Mas há mais mudanças no pódio das plataformas. Se o tablet costuma ocupar a posição de terceira plataforma favorita dos portugueses, este ano perdeu terreno para uma nova plataforma emergente. Com 22% o tablet cai para o quarto lugar nas preferências, dando lugar à Smart TV (25%), que sobe 6 pontos percentuais no espaço de um ano, mostrando a penetração deste tipo de equipamentos no mercado nacional.
Com menor expressividade, as consolas de jogos mantêm a estabilidade, com 9%. Neste caso, também as consolas perderam terreno para as Smart TV como plataforma de acesso à Internet. Entre 2012 e 2015, o desempenho destas duas plataformas era bastante semelhante.
74% dos portugueses com acesso regular à Internet
O estudo Bareme Internet vai além das plataformas preferidas e faz a distinção entre a percentagem de portugueses que faz um acesso regular à Internet e quem faz acessos mais pontuais.
Os dados mostram uma “progressiva massificação” do acesso, com 76% dos portugueses com 15 e mais anos a utilizar a Internet. No entanto, a percentagem decresce ligeiramente quando é feita a distinção entre acesso esporádico e acesso regular, onde são contabilizados os acessos pelo menos uma vez por mês: 74%.
No espaço de um ano, tanto a percentagem de acesso à Internet (qualquer frequência) como o acesso regular subiram: 1 p.p e 2 p.p, respetivamente.
Note-se que, em algumas faixas etárias, foi mesmo registado o quase pleno acesso.
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