Há muita informação na internet e há quem, em busca de likes, invente ou manipule conteúdos para conquistar popularidade nas redes sociais. Mas há uma forma de denunciar, eventualmente, complicar a vida aos prevaricadores.
A internet é um lugar estranho. Somos inundados como nunca por informação, por factos vários e por conteúdos que depressa se tornam virais e partilhados por milhares de pessoas. Mas, nem tudo é verdade. Há quem faça missão de enganar o máximo número de pessoas, sem apelo nem agravo, nas redes sociais, onde é fácil partilhar conteúdos que nos pareceram interessantes.
Há formas de perceber se um conteúdo tem ou não potencial de ser falso e a maioria tem tudo a ver com o bom senso. A primeira lição passa por perceber qual a origem do conteúdo. Se for de um indivíduo sem historial relevante há mais riscos de poder não ser verdadeiro. Da mesma forma que as notícias que sejam de meios de que nunca ouviu falar e que nunca lhe deram motivos para confiar, podem também ser as chamadas fake news.
Esta semana um conteúdo de um tal Nuno Folgado tornou-se viral evidenciando uma foto de um ator da série Walking Dead, como se fosse um homem em Guimarães com perda de memória. O autor do post público tenta usar o sentido de solidariedade de outras pessoas para que partilhem um conteúdo que é, ele próprio, falso. Até ao momento já mais de 31 mil pessoas partilharam a informação.
Como é que se pode denunciar este tipo de conteúdos?
O Facebook há muito que prometeu guerra aos conteúdos falsos e noutro tipo de conteúdos, como imagens com mamilos e afins, tem filtros automáticos para evitar a sua publicação. Este tipo de informação falsa requer que outros utilizadores da plataforma denunciem a publicação de forma a que a rede social possa rever o conteúdo e considerá-la ou não falsa. Quantos mais denunciarem, mas hipóteses existem do conteúdo ser, de facto, considerado falso e o seu autor ser punido com algum tempo sem acesso à sua conta de Facebook.
Para o fazer terá de ir ao canto superior direito do post, onde tem três pontos (…), carregar, e depois selecionar a opção “Dá a tua opinião sobre esta publicação”. É aí que surge, entre outras, a opção “Notícias falsas”. Quanto mais pessoas denunciarem, mais hipóteses há de punição.
Voltando a Nuno Folgado, o autor do post falso referido anteriormente, não é uma estreia a sua tentativa (bem sucedida) de propagação de conteúdos falsos. Em declarações ao site Polígrafo o autor explicava, em novembro passado, o que o motivou a espalhar uma informação falsa sobre um génio português nas Olímpiadas de Física Quântica, indicando: “Sou uma espécie de Tony Carreira do Facebook.”
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