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Dez startups que prometem vir a dar muito que falar

Barkyn, startup tem pacotes de subscrição para cães, que incluem ração, brinquedos e acesso a veterinários e outros serviços. Ricardo Macedo e André Jordão (fundadores da Barkyn). (Artur Machado/Global Imagens)

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Conheça as startups que estão a dominar a atualidade do panorama empreendedor português e que prometem dar cartas no futuro.

Por Marta Velho

Venceram prémios em competições de empreendedorismo, receberam quantias consideráveis de investimento, estão a crescer a olhos vistos e prometem vir a ter um papel determinante na economia nacional nos próximos anos. Quem sabe até chegar à lista dos unicórnios portugueses, empresas avaliadas em mil milhões de dólares. Vale a pena ficar de olho nestas startups portuguesas.

360imprimir

Até ao momento, foi a empresa que recebeu o investimento mais sonante de 2019. Há pouco mais de um mês, a 360imprimir anunciou uma ronda de investimento de 20,4 milhões de dólares (18 milhões de euros), liderada pela capital de risco alemã LeadX Capital Partners.

Fundada em 2013, esta startup veio revolucionar o mercado das gráficas: desenvolveu um software que permite organizar impressões de vários clientes numa mesma folha impressa, otimizando a produção e diminuindo em cerca de 80% os custos. No ano passado, a 360imprimir teve uma faturação de 21 milhões de euros, o que representa um crescimento de quase 80% face ao ano anterior. As perspetivas para 2019 apontam para uma faturação na casa dos 35 milhões de euros.

Unbabel

Fundada em 2013, a Unbabel é uma empresa de traduções automáticas, que junta inteligência artificial a tradutores humanos. Conta atualmente com mais de 200 empregados e uma comunidade mundial de 150 mil tradutores freelancers. Para o futuro, vai intensificar os seus esforços nos Estados Unidos, onde o escritório de 15 pessoas deverá crescer. Por outro lado, pretende abrir novos escritórios na Europa e tem como objetivo Alemanha (Munique ou Berlim) e França (Paris).

No próximo ano, vai estar de olho na Ásia. A portuguesa Unbabel foi considerada a terceira melhor startup na Europa, no Tech5, a competição anual organizada pela publicação digital The Next Web, em parceira com a fintech Adyen que avalia empresas europeias e de Israel, com base no desempenho, crescimento e potencial.

Infraspeak

A plataforma de gestão de manutenção de edifícios do Porto está já disponível em sete países: Portugal, Espanha, Reino Unidos, Botswana, África do Sul e Emirados Árabes Unidos.

A startup foi fundada em 2015, e gere a manutenção de mais de 18 mil edifícios. Lufthansa, Vila Galé, Sheraton, Salvador Caetano e Domino’s Pizza são alguns dos seus mais de 120 clientes. A Infraspeak recebeu em outubro uma ronda de investimento de 1,6 milhões de euros. Nos próximos meses deverá anunciar a entrada no mercado francês e fechar a contratação de mais de 20 pessoas para a equipa.

Homeit

Fundada por André Roque, a Homeit é uma startup para proprietários de Alojamento Local. Desenvolveu uma fechadura inteligente que abre as portas através de um código criado pelo proprietário ou através da app, permitindo anular o uso da chave tradicional. Assim, o proprietário pode criar acessos para os seus hóspedes, staff e manutenção à distância e tratar de tudo através da internet.

A Homeit está presente em 15 países com quase 2000 boxes ativas, e desde o seu lançamento, já abriu cerca de três milhões de portas. Recebeu investimento da Portugal Ventures, que tem como objetivo o desenvolvimento de produto e a continuação da expansão a nível mundial.

SWORD

A startup portuguesa SWORD Health desenvolveu uma aplicação que funciona como um fisioterapeuta digital. A empresa fechou recentemente uma ronda de investimento no valor de oito milhões de dólares, que elevou para 15 milhões de dólares o montante total de investimento que já recebeu desde a sua fundação, em 2015. Nos anos passados, a startup tratou de desenvolver e aprofundar a sua tecnologia, agora o foco é a expansão e comercialização. O montante angariado já tem um destino: o crescimento nos Estados Unidos.

Barkyn

A Barkyn é uma startup do norte do país que tem pacotes de subscrição para cães, que incluem ração, brinquedos, acesso a veterinários e outros serviços. Fundada por Ricardo Macedo e André Jordão, recebeu este ano 1,7 milhões de euros numa ronda de financiamento liderada pelo fundo da portuguesa Indico Capital Partners. Com o valor angariado, a empresa pretende apostar no desenvolvimento de produtos e na expansão para mais dois mercados.

HUUB

Foi uma das vencedoras Prémios Empreendedor XXI, competição espanhola organizada pelo BPI e pela DayOne, a divisão tecnológica do grupo CaixaBank. Pela conquista, a HUUB recebeu um prémio de 25 mil euros e terá ainda acesso a um programa de desenvolvimento internacional em Silicon Valley ou em Cambridge. Lançada em 2015 por Luís Roque, Tiago Paiva, Pedro Santos e Tiago Craveiro, a HUUB quer facilitar as operações de logística para retalhistas de moda, trabalhando para isso toda a gestão da cadeia de abastecimento.

A startup tem uma plataforma, a Spoke, que lhes permite fazer o acompanhamento total das encomendas dos clientes. A HUUB levantou nos últimos meses uma ronda de financiamento de 1,5 milhões de euros. A operação foi liderada pela multinacional dinamarquesa de transporte marítimo Maersk. No ano passado, a tecnológica tinha já angariado uma ronda de financiamento no valor de 2,5 milhões de euros. Uma operação que, na altura, foi liderada pela capital de risco Pathena.

SPEAK

Promover e partilhar, de modo informal, línguas e culturas por toda a Europa. Este é o principal objetivo do SPEAK, projeto fundado em 2014 em Leiria por Hugo Menino Aguiar e que já está presente em sete cidades portuguesas, em Turim (Itália) e em Berlim (Alemanha). Para quebrar barreiras entre locais e migrantes, o SPEAK conta com cursos e eventos. Há cursos de 17 línguas diferentes, com a duração de três meses, e cada sessão dura hora e meia, em horário pós-laboral.

A SPEAK conseguiu para Portugal a medalha de bronze na final do concurso Chivas Venture. Garantiu um financiamento de 110 mil dólares e o melhor lugar de sempre para um projeto português neste evento, que se realiza desde 2015. Recebeu ainda mais 10 mil dólares por ter ficado em quarto lugar na votação aberta ao público.

Eat Tasty

Em 2019, a Eat Tasty comemorou o seu terceiro aniversário com 140 mil refeições entregues, mais de 10 mil utilizadores registados e 370 mil euros de investimento. A startup anunciou recentemente a inauguração de um espaço em Madrid, pretendendo para tal duplicar a equipa. Houve também um melhoramento nas ementas e a introdução de novas receitas.

Liderada por Rui Costa e Orlando Lopes, a Eat Tasty comprou recentemente a Breadfast, empresa de pequenos-almoços ao domicílio. A startup portuguesa está atualmente a negociar uma nova ronda de financiamento. Entre os seus investidores contam-se já a Bright Pixel, a Caixa Capital e Miguel Santo Amaro, um dos fundadores da Uniplaces.

Glartek

A Glartek, startup com uma solução de realidade aumentada para a manutenção industrial, recebeu 1,5 milhões de euros na sua primeira ronda de financiamento. Os portugueses da EDP Ventures, da H-Capital e da Novabase Capital e os italianos da H-Farm participaram nesta operação. Com este financiamento, a Glartek vai entrar em três novos países e está a contratar para oito posições.

A startup fundada em 2017 em Leiria tem desenvolvido e testado a plataforma nos sectores da energia, como o exemplo da EDP, com um projeto testado numa das suas centrais hidroelétricas, e também nos setores automóvel, imobiliário e alimentar, em países como Portugal, Espanha, Itália e Eslovénia. A startup com sede em Leiria conta atualmente com 11 pessoas e tem uma equipa de desenvolvimento em Lisboa.

 

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