Na segunda edição do Exercício Nacional de Cibersegurança, o Centro Nacional de Segurança vai focar-se nos atos eleitorais.
Nos próximos dias 3 e 4 de abril decorre o Exercício Nacional de
Cibersegurança 2019, organizado pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), em cooperação com a Comissão Nacional de Eleições. Esta iniciativa vai contar ainda com o apoio da Agência Europeia para as Redes e Sistemas de Informação (ENISA).
Num ano recheado de atos eleitorais, o CNCS decidiu justamente dedicar-se a esse mundo: através de comunicado, a entidade refere que esta segunda edição tem como principal objetivos o “exercitar, não só do processo de decisão de forma a garantir uma resposta coordenada a todos os níveis dentro das entidades participantes”.
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O CNCS, entidade dirigida por Lino Santos, quer também usar este exercício como uma forma de “testar os mecanismos de cooperação entre entidades, os respetivos processos de troca de informação e ainda as atividades de cooperação e/ou planos de contingência a nível nacional”.
Este exercício irá juntar “25 organizações, entre autoridades nacionais, reguladores setoriais, operadores de serviços essenciais, operadores de telecomunicações, órgãos de comunicação social e outras entidades da administração pública”.
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Através da colaboração entre estas entidades, o CNCS espera conseguir “desenvolver as sinergias necessárias à gestão de crises no ciberespaço”, refere o comunicado.
Nos últimos anos, o cibercrime tem-se assumido como uma ameaça em vários setores, desde o mundo da indústria, saúde, entre tantos outros exemplos. Em 2015, uma resolução do Conselho de Ministros definiu que, para a Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço, era necessário organizar e realizar exercícios nacionais de gestão de crises no ciberespaço, com o intuito de avaliar o grau de preparação e a maturidade das diversas entidades para lidar com incidentes de grande dimensão.
Após uma preparação de mais de seis meses, o CNCS realizou a primeira edição do exercício a nível nacional, em maio de 2018.
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