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Está num Airbnb e usa o Wi-Fi? Um hacker ético explica por que razão não o deve fazer

Imagem: Pixabay

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Há quem já saiba que não convém usar Wi-Fi públicos, por questões de segurança. Mas quando está num Airbnb, relaxa nas medidas de segurança?

Pode ser prático e mais acessível passar uns dias de viagem num Airbnb do que num hotel, mas há algumas coisas a que deve estar atento. Além de ter atenção a possíveis câmaras escondidas ou a casas nem sempre seguras, também deve ter cuidado com o Wi-Fi. 

Em muitas casas disponíveis no Airbnb, o Wi-Fi é habitualmente disponibilizado como uma comodidade para o hóspede. O site HuffPost ouviu um hacker ético – alguém que tenta aceder a infraestruturas para testar medidas de segurança e avaliar possíveis vulnerabilidades – e sublinha que as pessoas devem ter as mesmas práticas de segurança neste tipo de acessos, tal como se estivessem numa rede pública.  Jason Glassberg, co-fundador da Casaba Security, explica ao site norte-americano que, mesmo que exista uma password para aceder à rede, convém ter cuidado nesse tipo de acessos. 

O responsável da empresa de segurança aponta os ataques ‘evil twin’ como um dos pontos a que deve estar atento. Como é que funciona? Basicamente é disponibilizado um acesso fraudulento, que aparentemente é inofensivo. Assim que os utilizadores introduzem as credenciais de acesso, são direcionados para um site malicioso, que também imita os sites que pretende visitar – mas na verdade trata-se de um esquema para se apoderarem dos seus dados.

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“As mesmas preocupações e sinais de alerta que tem quando está a usar uma rede Wi-Fi pública devem ser tidos em conta quando está num Airbnb, porque as pessoas podem montar o mesmo tipo de estruturas”, realça Glassberg. 

E, na verdade, em muitos casos este tipo de ataques podem nem sequer ser feito pelo anfitrião da casa. Um Airbnb é habitualmente um espaço por onde passam vários hóspedes ao longo de uma semana, por exemplo, onde os equipamentos estão muita vez sem supervisão. 

Além disso, não deve ter só cuidado com o acesso Wi-Fi. O hacker ético refere que também deve estar com os olhos bem abertos relativamente aos dispositivos inteligentes. Há uma Smart TV na casa onde está e quer inserir as suas credenciais de acesso para ver conteúdos na Netflix ou HBO, por exemplo?

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Convém pensar duas vezes antes de colocar os seus dados nessa altura. Além disso, vale a pena recordar que não deve recorrer à mesma password para vários serviços. Se precisar de ajuda para recordar todas as passwords, há gestores de palavras-passe que pode utilizar para facilitar essa tarefa. 

Mas quer isto dizer que estará mais seguro num hotel, por exemplo? Nem por isso: Jason Glassberg explica ao HuffPost que os hotéis podem ser locais bem mais atrativos para os atacantes recolherem dados. Porquê? Há um maior número de potenciais alvos e um possível acesso a mais números de cartões de crédito. 

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Como é que se pode proteger?

Além de não recorrer à reutilização de passwords, uma das formas de tentar defender-se de ataques ao usar redes deste tipo passa pelo recurso a VPN (virtual private network). Há várias opções no mercado e pode recordar aqui alguns exemplos. 

Outra regra de ouro passa pela atualização regular dos seus equipamentos. Muitas vezes, são os próprios fabricantes a detetar vulnerabilidades no software dos equipamentos e a lançar atualizações que corrigem esse tipo de situações. Faça atualizações regulares e não se esqueça de fazer ‘backups’ antes de iniciar qualquer atualização (mais vale prevenir do que remediar). 

 

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