Facebook assume falha de segurança em Messenger criado para crianças

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A rede social reconheceu uma falha de segurança na aplicação Messenger Kids, que possibilitava que estranhos falassem com crianças. O reconhecimento da falha chega como resposta às críticas de senadores norte-americanos.

A falha foi revelada em julho, após os pais terem sido notificados deste problema de privacidade. Aquilo que o Facebook descreve agora como “falha técnica” permitiria que os mais novos fossem adicionados a conversas com adultos, mesmo que estes não estivessem na lista de contactos autorizados. A aplicação Messenger Kids foi criada para jovens até aos 13 anos, disponibilizando funções semelhantes às do Messenger, mas permitindo apenas que as crianças conversassem com pessoas conhecidas, de uma lista aprovada pelos educadores.

Após pressão de dois senadores democratas, Edward Markey e Richard Blumenthal, o Facebook veio a público assumir o erro, indicando ainda que está em contacto com a FTC. A Federal Trade Comission é quem regula o mercado onde o Facebook atua – e é também a entidade responsável pela aplicação de uma multa de cinco mil milhões de dólares à empresa de Mark Zuckerberg, na sequência do caso Cambridge Analytica.

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“Estamos em contacto regular com a FTC em várias questões e produtos, incluindo o Messenger Kids”, é possível ler numa carta enviada pelo vice-presidente da rede social Kevin Martin, em resposta aos senadores que acusaram o Facebook de estar a desvalorizar a privacidade dos mais novos.

Entretanto, os senadores já responderam ao Facebook. Citados pela Reuters, Markey e Blumenthal revelam estar desapontados com a resposta. “Estamos particularmente desapontados que o Facebook não tenha assumido o compromisso de fazer uma análise ao Messenger Kids para identificar bugs adicionais ou problemas de privacidade”.

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Após ter sido revelado que a aplicação Messenger Kids estaria a pôr em causa a privacidade de várias crianças, o Facebook indicou que o problema tinha sido detetado em junho deste ano, tendo corrigido logo depois. Só no mês seguinte, em julho, é que os responsáveis pelo controlo parental foram notificados da situação.

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