Tecnológica já anunciou que trabalho remoto veio para ficar e paga para abandonar novo escritório em São Francisco por já não precisar dele.
O Pinterest, conhecida rede social focada em imagens, cancelou um contrato de aluguer para um novo escritório em São Francisco. O espaço fica num moderno arranha-céus que está a ser construído perto da atual sede do Pinterest em São Francisco, mas agora a empresa volta atrás na decisão devido ao impacto que a pandemia está a ter na forma como trabalha.
“Ao analisarmos a situação atual e futuro, perceber que o nosso local de trabalho vai mudar num mundo pós-covid, daí que estejamos a repensar os locais onde os funcionários podem ficar”, explicou o diretor financeiro do Pinterest, Todd Morgenfeld, em comunicado na citado pela Business Insider.
“Uma força de trabalho mais distribuída vai-nos dar a oportunidade de contratar pessoas com uma ampla gama de origens e experiências”, disse. O maior problema no imediato para o Pinterest é que a decisão de rescindir o contrato para o espaço de escritório de 4600 m2 é de 89,5 milhões de dólares (78 milhões de euros), indica a Bloomberg.
O novo empreendimento 88 Bluxome, localizado numa zona importante da cidade é um dos mais ambiciosos da cidade. Quando estiver concluído, terá dois arranha-céus com escritórios, lojas no piso terrestre, 12 courts de ténis cobertos e várias piscinas.
A mudança de planos do Pinterest é apenas o mais recente indicador de que os espaços de escritórios de tecnológicas (e não só) em São Francisco podem tornar-se bem diferentes nos próximos anos, uma tendência que também já se vê aos poucos em Lisboa e no Porto. Facebook, Apple e Twitter já garantiram que o trabalho remoto se deve manter para 2021, tendo já planos de o prolongar para sempre no caso de alguns colaboradores, ou criar um regime híbrido.
O CEO do Twitter, Jack Dorsey, foi dos primeiros responsáveis das grandes tecnológicas a anunciar que os funcionários da empresa mesmo depois da pandemia, podem trabalhar remotamente de forma permanente, se o desejarem. Num inquérito recente em São Francisco a 4400 trabalhadores de empresas tecnológicas, dois terços indicam que consideram sair da zona (onde os preços têm atingido recordes) de forma permanente se puderem trabalhar de forma remota.
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