TikTok perde 500 mil dólares por dia, após ter sido banida na Índia

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A TikTok foi banida na Índia, com a justificação de que incentivava a partilha de conteúdos pornográficos. Sem a app a funcionar num mercado de dimensões consideráveis, a dona da TikTok aponta avultados prejuízos.

A aplicação é muito usada pelos mais jovens. Criada na China, onde originalmente se chama Douyin, a app chegou ao mundo ocidental com o nome TikTok. Com uma base de utilizadores considerável no oriente, a expansão para o ocidente consolidou-se com a aquisição da Musical.ly. Os utilizadores que usavam este produto transitaram automaticamente para a app TikTok.

Depois de ter sido temporariamente banida da Indonésia, foi agora a Índia quem decidiu banir a aplicação, que permite criar e partilhar vídeos curtos nas redes sociais, com efeitos e filtros. Um tribunal indiano considerou que “a aplicação encoraja a pornografia”, proibindo os downloads da app.

Foi considerado pelas autoridades indianas que esta aplicação pode ainda expor os mais jovens a predadores sexuais, gerando preocupação entre os pais.

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Agora, à Reuters, a Bytedance, a empresa-mãe desta aplicação, explica que a proibição em solo indiano está a causar “perdas de 500 mil dólares por dia”, cerca de 444 mil euros, afirmando-se preocupada com a continuidade de vários postos de trabalho. A tecnológica, situada em Pequim, na China, afirma que estão cerca de “250 postos de trabalho em risco”.

“Banir tem um impacto inverso na base de utilizadores da aplicação, que está perto de perder um milhão de novos utilizadores por dia”, explica a Bytedance à Reuters. Além disso, a empresa também afirma estar preocupada com a perda de “reputação junto dos anunciantes e investidores”.

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Mas esta não foi a única vez em que a ByteDance esteve envolvida em problemas fora da China. Nos Estados Unidos, a FTC aplicou uma multa de 5,7 milhões de dólares à aplicação, referindo que a empresa estava a recolher dados de crianças sem o consentimento dos pais.

A aplicação foi criada em setembro de 2016, na China. Em julho de 2018, já tinha 500 milhões de utilizadores em todo o mundo. 

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