O YouTube fez alterações às políticas da plataforma de vídeo, com o intuito de diminuir questões como assédio e ameaças online.
Através de uma publicação lançada esta quarta-feira (pode consultar a versão em português aqui), o YouTube apresenta as alterações às políticas da plataforma, que tem implicações nos tipos de conteúdos permitidos online.
Indicando que “o assédio fere a comunidade”, a plataforma explica que irá adotar uma postura mais dura, afirmando que não será permitido “conteúdo que insulte maliciosamente alguém com base em atributos protegidos, tais como raça, identidade de género ou orientação sexual”. Na mesma publicação, sublinha que “esta directriz é aplicável a todos, desde pessoas particulares, a criadores do YouTube e entidades públicas.”
As alterações vão ainda tentar “atacar” fenómenos como a repetição de comportamentos de assédio. Apontando o contacto com criadores de conteúdo, a plataforma de vídeo detida pela Google avança que o assédio na “forma de um padrão de comportamento repetido em vários vídeos ou comentários” é uma das queixas ouvidas com frequência.
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“De forma a resolver esta questão, estamos a reforçar as nossas políticas para o Programa de parceiros do YouTube (YPP) para tornar ainda mais difícil aqueles que se envolvem em comportamentos de assédio e garantir que recompensamos apenas os criadores confiáveis”, diz o YouTube.
A plataforma ressalva ainda que suspenderá do programa de parceiros do YouTube os canais que se oponham de forma repetida à política da plataforma – algo que pode impedir a capacidade de monetização de vídeos no YouTube. “Também podemos remover o conteúdo dos canais se os mesmos assediarem repetidamente alguém. Se este comportamento continuar, tomaremos medidas mais severas, incluindo avisos ou a rescisão de um canal por completo”, garante a empresa.
Atenção aos comentários tóxicos
Quem navega pelo YouTube não precisa de procurar com muita atenção para encontrar comentários negativos. A plataforma de vídeo indica que, no terceiro trimestre deste ano, eliminou mais de 16 milhões de comentários que violavam as políticas do YouTube. A empresa indica também que, com a entrada em cena de filtros mais duros, é esperado que estes valores aumentem nos próximos tempos.
Desde a semana passada que os criadores de conteúdos passaram a ter ativa por padrão a possibilidade de analisar comentários marcados como abusivos, impedindo que sejam publicados de forma automática. “Temos o compromisso de continuar a rever as nossas políticas regularmente para garantir que as mesmas estejam a preservar a magia do YouTube e, ao mesmo tempo, que correspondam às expectativas da nossa comunidade”, conclui o YouTube.