O Facebook pode ser norte-americano, mas há vida além do escritório californiano. Foi isso que a rede social quis mostrar, com a primeira feira de engenharia feita em Londres.
Nem toda a tecnologia da rede social é desenvolvida nos EUA. Filtros de realidade aumentada, o Workplace ou ferramentas para garantir que conteúdos multimédia são carregados mais rapidamente nos produtos do grupo Facebook são apenas alguns dos exemplos de tecnologias desenvolvidas em Londres.
No ano em que a rede social assinala 15 anos de vida, Londres recebeu pela primeira vez a feira de engenharia do grupo. Objetivo? Dar a conhecer as funcionalidades desenvolvidas no Reino Unido, explicadas por quem melhor as conhece – os engenheiros que todos os dias pensam em novas funcionalidades. A capital britânica tem instalada a maior localização do grupo fora dos EUA, sendo apenas superada pelo quartel-general da Califórnia.
São quase 230 mil metros quadrados de espaço em Londres, onde 1200 engenheiros, distribuídos pelos seis pisos do complexo de Rathbone Square, esquematizam ideias nas paredes das salas disponíveis. As equipas em expansão estão ligadas à plataforma Spark, virada para realidade aumentada, e ao WhatsApp, sem esquecer as funcionalidades do ganha-pão da rede social: os anúncios.
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Kyle McGinn, diretor de gestão de produto do Workplace, é uma das caras do escritório londrino, tendo também a seu cargo a receção dos novos engenheiros do Facebook. Não esconde a preferência em relação a um produto do grupo: o Workplace. McGinn juntou-se ao Facebook há três anos e meio, justamente para pensar o Workplace, que inicialmente era usado apenas para comunicação interna.
“Era só uma ferramenta interna, não pensávamos nela como uma possível ferramenta para o mundo.” O Workplace já foi adotado por 30 mil empresas em todo o globo, contabilizando dois milhões de utilizadores pagos – e até já motivou promoções de colaboradores. “A coisa mais energizante para mim é quando encontro clientes que dizem que o Workplace mudou a vida da organização ou até que conseguiram promoções graças à ferramenta e que se sentem mais próximas e unidas enquanto organização”, exemplifica.
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Com as equipas de engenheiros em crescimento, o Facebook afirma estar constantemente a recrutar – já são cerca de 120 nacionalidades que trabalham no escritório de Londres. Chegam de todas as partes da Europa, com diferentes origens e culturas. Todas as segundas-feiras, McGinn recebe os novos engenheiros e destaca que o Workplace tem sido um alicerce para a inclusão. “Juntei-me ao Facebook há três anos e meio e acho que, talvez, 30 mil pessoas ou mais se juntaram à empresa depois de mim. E parece que foram só 200 pessoas, porque temos esta ferramenta que junta toda a gente.”
Sujeito a escrutínio e críticas de privacidade, até Zuckerberg assumiu numa publicação de março que o Facebook “não tem atualmente uma reputação forte de construção de serviços de privacidade e proteção”. McGinn refere que este assunto gera dois tipos de candidatos.
“Não é nem mais fácil ou mais difícil recrutar. Há candidatos que explicam que aquilo que aconteceu no ano passado os deixa preocupados e que podem não querer vir para a empresa, mas também temos muitos candidatos que referem que querem tornar as coisas melhores.”
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