Na era dos Uber, assistentes digitais (ainda sem o português de Portugal como opção), da realidade virtual, dos pagamentos sem cartões nem carteiras, tentámos viver uma semana com o máximo de tecnologia que encontrámos disponível para todos.
O desafio, feito em Lisboa, trouxe algumas (boas) surpresas e algumas dificuldades e, claro, não foi possível ser sempre totalmente tecnológico. Venha connosco nesta aventura tech que será partilhada no site da Insider ao longo dos próximos sete dias.
Leia sobre o primeiro dia desta aventura: 2018: Odisseia (de 7 dias) só com tecnologia, dia 1
Leia sobre o segundo dia desta aventura: 2018: Odisseia só com tecnologia. Ginásio em casa (dia 2)
Leia sobre o terceiro dia desta aventura: 2018: Odisseia só com tecnologia. Mobilidade à moda da Uber (dia 3)
Leia sobre o quarto dia desta aventura: 2018: Odisseia só com tecnologia. Das escovas elétricas à realidade aumentada (dia 4)
Leia sobre o quinto dia desta aventura: 2018: Odisseia só com tecnologia. Cinema 4DX e companhia (dia 5)
DIA 6. Hotel Smart.
Dia de folga, permitiu comprovarmos uma experiência que começou há uns meses. Usámos a app do município de Lisboa Na Minha Rua para reportar alguns problemas na via pública: falta de linhas na estrada junto ao Hospital da Luz, em Benfica, o que tem provocado acidentes. Vários meses depois, não havia nem resposta na app à situação reportada nem solução no terreno.
Objetivo seguinte? Ir até ao Hotel Evolution, no Saldanha. A partir de Benfica a solução escolhida foi o serviço de carsharing Drive Now (que tem condições e funcionamento semelhante ao Emov, neste caso usa apenas veículos elétricos). De Taxify a previsão era entre os 4 a os 5,2 euros, por isso arriscámos no carsharing aproveitando haver um Mini Cooper D chamado Catarina perto de casa.
Reservámos o carro (é gratuito até 15 minutos), abrimos a porta pela app, colocámos um código pin e arrancámos. Demorei 12 minutos a fazer os mais de cinco quilómetros até ao centro da cidade (felizmente não havia trânsito) e estacionei bem perto do hotel, até porque não se paga EMEL (há um acordo com os serviços de carsharing). Total: €3,72. No carro moderno e limpo, deu para desfrutar da condução e tentar ser rápido (quanto menos tempo, mais barata fica a viagem – não se paga o combustível). Convence.
O Hotel Evolution (a noite custava na altura €132) procura ser o mais tecnológico possível. Além de ter um ar moderno, tem uma entrada repleta de ecrãs e uma cafetaria com internet gratuita para todos. O check in pode ser feito pelo smartphone. Ao recebermos um QR Code após a reserva, passamos num leitor e a máquina dá-nos o cartão do quarto. Explicaram-me como funcionava, mas estava inativo naquela altura à espera de uma atualização – vicissitudes da tecnologia!
Também está a ser preparado, para daqui a dois meses, o sistema de chave virtual que vai permitir abrir a porta do quatro diretamente com o encostar do smartphone. Promessas à parte, a app do hotel cujo interior parece uma nave espacial permite controlar os canais de televisão, os estores e a cortina do quarto, a temperatura e as luzes. Também há ligação bluetooth a uma coluna enorme para podermos por a nossa música de forma imediata. Isto com vista para o Saldanha. Na noite que lá passámos, foi peculiar ver do quarto o corropio incrível de estafetas da Uber Eats e da Glovo de scooter ou bicicleta, uns atrás dos outros. Era uma vista para o futuro, perdão, para o presente.
Amanhã o dia vai ter realidade virtual.