Dois ecrãs, com 5G e feitos em madeira. Assim vão ser os portáteis do futuro

Intel Honeycomb Glacier
Foto: Vjeran Pavic / The Verge

Esta semana realiza-se a Computex, o maior evento do mundo do segmento dos computadores pessoais. E se a edição deste ano servir como indicador, então nos próximos anos os portáteis vão ficar irreconhecíveis.

O computador portátil tornou-se num dos equipamentos de tecnologia mais ubíquos do mundo. Seja em casa ou no trabalho, a ideia de ter um computador que pode ser facilmente transportado revolucionou por completo o acesso às novas tecnologias e contribuiu para a explosão da internet.

Apesar deste papel de relevo na sociedade moderna, a verdade é que o portátil, enquanto equipamento, pouco mudou nas últimas décadas. Ficou mais fino, mais poderoso, esteticamente mais bonito, mas a sua essência não variou muito.

À exceção da aposta nos computadores convertíveis ou dois-em-um, o portátil não conheceu grandes transformações na sua vida ao longo dos últimos anos. Mas isso pode estar prestes a mudar.

A Computex, que ainda está a decorrer em Taiwan, é o maior evento do mundo ligado ao segmento dos computadores pessoais. E algumas marcas estão mostrar que não têm medo de arriscar naquele que poderá ser o futuro da computação pessoal.

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Em baixo reunimos alguns dos conceitos diferenciadores que foram apresentados esta semana e que, por agora, ainda são maioritariamente experimentais. Mas se a receção do público for boa, então estes conceitos podem começar a ganhar maior expressão ao longo dos próximos anos.

Se o portátil do futuro for construído em madeira, tiver dois ecrãs e ligação 5G, não diga que não o avisamos.

Intel Honeycomb Glacier

Este é um computador-protótipo e tal como outras apostas futuristas da Intel, pode até nem chegar a ver a luz do dia. Mas que o Honeycomb Glacier é um portátil diferente, disso ninguém duvida.

O portátil apresenta-se com duas grandes dobradiças. Porquê? Porque tem dois ecrãs. Este é um design que a Intel acredita poder vir a ser usado sobretudo em computadores de videojogos – um dos ecrãs eleva-se até ao nível dos olhos do utilizador, enquanto o segundo ecrã funciona como elemento de apoio onde podem ser executadas outras aplicações.

E como o ecrã principal está ao nível dos olhos, permite integrar de forma mais eficaz tecnologias de rastreamento ocular e que ajudam o software a adaptar-se às reações do utilizador.

Segundo o The Verge, ainda não há detalhes sobre quanto pode custar uma máquina destas ou se há marcas interessadas em torná-lo num produto de consumo, mas o Intel Honeycomb Glacier vai ser recordado nos próximos anos como um dos computadores mais loucos alguma vez feitos.

Asus ZenBook Pro Duo

A tendência dos dois ecrãs parece ter vindo para ficar, só resta saber qual será o formato mais popular para esta aposta. No caso do ZenBook Pro Duo, o segundo ecrã fica na base do portátil, logo acima do teclado.

Maior produtividade e capacidade para reproduzir vários programas em simultâneo são algumas das vantagens desta máquina, mas por outro lado, o facto de também ter especificações topo de gama em toda a linha, também deverá fazer sentir-se no preço final deste portátil.

HP Envy 13, 15 e 17

A nova linha de computadores HP Envy destaca-se pelo facto de parte da base do portátil ser feita em madeira. A gigante norte-americana tinha andado a experimentar outros materiais – nomeadamente pele -, mas desta vez arrisca num conceito que dá aos computadores um ar aspeto diferenciador e de requinte.

HP Envy Madeira

A aposta na madeira – nogueira e bétula – está a ser feita nos três computadores de 13, 15 e 17 polegadas da linha HP Envy.

Lenovo Project Limitless

A Lenovo juntou-se à Qualcomm para desenvolver aquele que deverá ser o primeiro computador portátil do mundo a ter suporte para redes 5G.

O Project Limitless (sem limites, em tradução livre) tem um chip da Qualcomm com dois módulos em separado: um para redes 4G e outro dedicado para redes 5G. A vantagem, claro, está nas grandes velocidades de conectividade que este portátil pode atingir e sem depender de redes Wi-Fi.

O computador só deverá ficar disponível em 2020, altura em que se espera que as redes 5G já estejam mais disseminadas a nível internacional, incluindo em Portugal.

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