Há muito que se sabe que o mundo do financiamento coletivo é um jogo arriscado. Depois de ter batido recordes de apoios no Kickstarter, a Coolest, criadora de uma geleira que funciona como sistema de entretenimento, anuncia a falência.
Desde 2014, a geleira Colest reuniu o apoio de 60 mil pessoas. No entanto, com a declaração de falência, há pelo menos 20 mil pessoas que não vão chegar a receber a geleira. Com preços na ordem dos cem dólares (válidos durante a semana da Cyber Monday), o The Oregonian nota que quem apoiou a empresa poderá receber apenas 20 dólares, em troca de investimentos de centenas de dólares.
Na mensagem onde dá conta da declaração de falência, a empresa culpa as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, que afetam os produtos feitos na China.
A empresa estará a notificar quem demonstrou apoio à geleira: “como sabem, no último ano, o governo dos Estados Unidos impôs tarifas de 10% em muitos produtos importados da China. Tal como muitos negócios de pequenas dimensões afetados por esta situação, víamos isto como uma situação a curto prazo, na esperança de que mentes mais calmas possam prevalecer”.
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“No entanto, no arranque do verão, a guerra comercial continuou e as tarifas aumentaram para 25%, algo que afetou toda a nossa linha de produção Coolest”, indicou a empresa, no email enviado. A empresa aponta que isto terá sido “devastador” para o negócio.
No mesmo email, a empresa sediada em Portland, nos Estados Unidos, apontava a necessidade de fundos para pagar a credores.
Apresentada em 2014, a geleira da Coolest fazia tudo aquilo que as geleiras habituais fazem, mas tinha outra componente: podia servir de sistema de som ou até carregar dispositivos, através de um cabo USB.
Com o fim da empresa, são vários os apoiantes da ideia que estão a utilizar as redes sociais para demonstrar o desagrado, com vários a indicar que eram apenas avisados de que o produto estaria em desenvolvimento há vários anos.
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