Revolucionando por completo a indústria musical, o ‘Walkman’ da Sony surgiu no mercado japonês a 1 de julho de 1979, naquele que foi o primeiro leitor de cassetes portátil que permitia ouvir música em movimento.

A ideia nasceu do cofundador da Sony, Masaru Ibuka, que pretendia criar uma nova forma de ouvir música com maior liberdade de movimentos. O ponto de partida para o desenvolvimento do TPS-L2 foi o gravador TC-D5 que era comummente utilizado por repórteres para a gravação de entrevistas.

Embora a sua denominação oficial fosse TPS-L2, o leitor da Sony rapidamente se popularizou com a denominação ‘Walkman’, um leitor de cassetes bastante compacto que, associado a auscultadores de baixo peso, permitia desfrutar de música de forma simples e acessível.

O sucesso foi imediato e ao cabo de dois meses de vendas no Japão, o pequeno leitor de cassetes da Sony já tinha vendido mais de 50 mil unidades, com a sua fama a alastrar-se rapidamente a todo o mundo, com a designação ‘walkman’ a converter-se com o passar do tempo numa própria alusão ao segmento dos leitores de cassetes portáteis.

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Permitindo a dinamização da própria indústria da música, forneceu aos artistas um novo meio de difusão, ao mesmo tempo que abriu um novo setor de negócio com o surgimento das cassetes específicas para gravações preparadas por várias marcas, incluindo a Sony. A evolução tecnológica trouxe consigo, igualmente, outras competências para o ‘walkman’, que passou a adotar sistema de mudança automática de lado (‘auto-reverse’) ou o equalizador de som, ou até de gravação de som.

Na atualidade, dispositivos famosos como o WM-D6C ou o WM-DD9, das décadas de 1980 e 1990, são tidos como objetos de colecionador. Curiosamente, é também atribuída de certa forma à Sony alguma da responsabilidade pelo início do declínio do ‘walkman’, ao apresentar em 1984 o novo dispositivo portátil de reprodução de música, o D-50, começando a era dos também famosos ‘Discman’, denominação criada para representar os leitores portáteis de Compact Discs, vulgarmente conhecidos pela sigla ‘CD’.

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Porém, na atualidade, nenhum dos dois assume grande representatividade para ouvir música, substituídos pela era da música digital, com o iPod da Apple a ser preponderante para tal depois de uma tentativa infrutífera da Sony de criar uma nova moda com o seu ‘Minidisc’, cuja aceitação foi reduzida.

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