O mais recente iPhone a chegar às lojas é também o mais barato e o CEO da Apple esteve em Madrid ontem a promover o lançamento europeu.
A Apple tem apostado cada vez mais em iPhone mais caros do que nunca. A ‘moda’ começou com o surpreendente (a vários níveis) iPhone X lançado no final do ano passado por um preço base acima dos 1000 euros – custava 1179 euros em Portugal. Resultado? Foi o modelo mais vendido da Apple, superando o mais barato iPhone 8 lançado na mesma altura de 2017, com preço base de 829 euros (um ano depois o preço baixou para os 719 euros).
Se os novos iPhone Xs e o gigante iPhone Xs Max seguem a mesma linha dos preços acima dos mil euros, o novo iPhone Xr, que chega esta sexta-feira a Portugal, é a resposta da Apple a quem não quer pagar tanto por um telemóvel, mesmo que queira as últimas novidades da marca da maçã, incluindo o mesmo funcionamento por gestos celebrizado pelo iPhone X (que lançou também a moda do notch, ou entalhe, no topo do ecrã). Neste caso o Xr usa menos vidro e mais alumínio, tem menos uma câmara e ecrã com pior definição.
A pensar precisamente no lançamento do novo iPhone Xr, o CEO da Apple, Tim Cook, passou ontem por Madrid, na loja oficial da Apple, no evento de pré-lançamento que contou com a cantora espanhola Rosalía – tirou inclusive uma selfie com Cook.
Festas à parte, a Apple já admitiu que uma das razões para aumentar o preço, além de indicar que há maior qualidade e, por isso, um valor mais elevado, é que os novos iPhone estão pensados para serem mais duradouros e ficarem mais tempo na posse de um dono – logo, teoricamente, têm maior valor. Um argumento explicado em palco no lançamento de setembro dos novos iPhone, também para justificar uma preocupação ambiental que a marca tem sempre evidenciado.
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Certo é que em 2018 a Apple abandonou por completo os lançamentos de modelos com botão principal (Home) e colocou os seus três novos aparelhos na linha do tal iPhone X que marcou uma tendência global para smartphones de várias marcas com chamado notch e as duas câmaras além do ecrã a ocupar praticamente toda a a parte da frente do telefone e o reconhecimento facial. Tudo funciona por gestos e movimentos com o dedo e a Apple abandonou por completo o desbloqueio por impressão digital – agora é sempre a face de cada um ou o código a desbloquear.
E o que vale o iPhone Xr?
Tem o mesmo aspeto dos irmãos iPhone X (agora descontinuado), Xs e Xs Max, embora use bem mais cores a fazer lembrar o velhinho iPhone 5C, do amarelo ao vermelho. O preço é de 879,99 para a versão com 64 GB, o que está longe de ser barato mas sempre custa menos 300 euros do que o iPhone Xs.
O que lhe falta face aos irmãos mais caros:
tem apenas um ecrã LCD e não OLED como os outros, por isso não tem tanta definição (tem resolução de 1,792×828 com 326 ppi), mas a olho nu deverá ver pouca diferença para os mais caros; não tem a segunda câmara (ou sensor) telefoto com o zoom 2x do outros modelos atuais; não tem o software para o modo Retrato dentro da app de fotografia; não é tão eficaz na conetividade LTE ou 4G; tem um corpo de alumínio e não de aço como os outros; só permite 1 metro de submersão em água contra 2 metros dos irmãos; não tem o chamado 3D Touch (que dá para ter mais opções pressionando o ecrã com mais força).
Mas mantém algumas das coisas mais importantes (chega até a superar os irmãos mais caros):
Tem o processador A12 Bionic, que é provavelmente o melhor disponível num smartphone; tem a câmara principal com o sensor mais sensível em situações de pouca luz, tal como os outros; tem o reconhecimento facial; o carregamento sem fios ou o sistema dual SIM; o ecrã de 6,1 polegadas é inclusive maior do que o do iPhone Xs (de 5,8″), mas mais pequeno do que o do iPhone Xs Max (6,5); a autonomia da bateria é superior à do iPhone Xs com 15 horas seguidas de uso de internet; tem mais cores do que os outros; tem melhor preço.
Os preços:
iPhone XR 64GB: €879,99 (preto, branco, vermelho, coral, azul e amarelo)
iPhone XR 128 GB: €939,99 (preto)
iPhone XR 256 GB: €1.049,99 (preto)
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