Os iPhone tinham um problema que estava a ser provocado pela Apple. Descoberta dessa prática ‘enganosa’ está a ter impacto nas contas da empresa.
A polémica das baterias em torno do iPhone fez com que a Apple trocasse dez vezes mais baterias do que era previsível: foram trocadas 11 milhões de baterias em diferentes modelos do iPhone, quando em condições normais esse valor variaria entre um e dois milhões de substituições.
A revelação foi feita no site Daring Fireball, que cita um discurso interno do diretor executivo da tecnológica, Tim Cook.
Em causa está uma polémica que afetou a Apple no final de 2017. A publicação Geekbench descobriu que à medida que as baterias dos iPhone perdiam capacidade de armazenamento de energia, a Apple ajustava o desempenho dos telemóveis para que a diferença não fosse notada pelos utilizadores. Ou seja, a Apple tornava os iPhone mais lentos com o passar dos meses e de forma deliberada.
A revelação deste facto fez com que a empresa criasse um programa especial de substituição de baterias ao longo de 2018: em vez de cobrar os típicos 49 euros pela substituição de uma bateria, o preço era de 29 euros.
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Os utilizadores aderiram a esta proposta da marca da maçã, ao ponto de a empresa não ter acautelado devidamente este elemento nas suas projeções financeiras. Com baterias novas e o desempenho dos equipamentos normalizado, terão sido muitos os consumidores que optaram por não comprar um novo smartphone.
Foi o próprio Tim Cook quem recentemente admitiu que o programa de substituição de baterias – a par com a desaceleração de vendas na China – obrigou a empresa a rever em baixa as suas receitas.