Um chama-se InfiniteBook é made in Portugal e é uma espécie de quadro em forma de caderno que permite reescrever. O outro chama-se BIC Gel-Ocity Illusion e é uma caneta que permite reescrita. Veja quem venceu o desafio de ‘melhor apagar’.
Não é o produto mais tecnológico. Escrever em papel (ou derivados) é tão antigo quanto o Antigo Egipto, mais de três mil anos antes de Cristo, numa altura onde dominava a escrita por hieróglifos em pedra ou em papiro.
Alguns milhares de anos depois, os smartphones, tablets ou computadores ocupam um lugar central na hora de escrever notas. Mas há quem ainda goste da organização do papel para assentar ideias – mesmo quem é mais tecnológico. Por isso fomos por à prova dois conceitos que permitem ter a facilidade de reescrita que a tecnologia permite e têm eles próprios alguma tecnologia.
Comecemos pelo InfiniteBook. O conceito inicial é o de um quadro-branco em forma de caderno. Com a mesma experiência de escrita de um quadro, é possível escrever, apagar com um pano simples (ou mesmo com a ponta da caneta que vem incluída) e voltar a escrever em todas as suas folhas maleáveis e reutilizáveis. Daí a indicação de ser um caderno “infinito”. Os cadernos, que incluem sempre uma caneta, vêm em páginas lisas, pautadas, quadriculadas ou pontilhadas.
O jovem Pedro Lopes teve a ideia logo aos 17 anos e cinco anos depois o produto não só tem um investimento relevante o ‘tubarão’ investidor português Tim Vieira, como chegou ao top de vendas da Amazon na categoria de ‘office’. A empresa também já conseguiu parcerias institucionais com várias empresas em território nacional para fornecer cadernos. Disso é exemplo a Uber, Galp, EDP, Farfetch ou Feedzai. Este ano tem sido o melhor da startup, que tem receitas previstas de 250 mil euros (crescimento de 100% face a 2017).
O conceito acaba por também ser ecológico, já que é para reutilizar as mesmas folhas várias vezes, eliminando o desperdício de papel. Os preços começam nos 7,99 euros para o InfiniteBook A6 com marcador e os 12,99 na variante Genius, onde podemos ter capas com Frida Kalo, Albert Einstein, Fernando Pessoa ou Gandhi. No nosso teste, que pode ver em vídeo, pudémos perceber como a tinta é eficaz e não sai com o passar do dedo, mas o sistema de a apagar também é bem eficiente – é fácil apagar por completo.
Já a BIC Gel-Ocity Illusion são esferográficas de tinta apagável e recarregáveis. O pacote vem com três cores diferentes (vermelho, preto, azul) da famosa marca francesa de canetas. A BIC nasceu no ano em que terminou a 2ª Grande Guerra Mundial, em 1945, faz este 25 de outubro 73 anos. Já há muitas décadas que a empresa faz outros produtos (isqueiros, lâminas, entre outros), mas as canetas sempre foram o prato principal.
O Gel-Ocity Illusion usa uma tinta especial que, embora não seja das mais intensas, fica bem presa ao papel e não esborra ao passar do dedo (se esperarmos alguns segundos). Já para apagar, é preciso a ponta da caneta e funciona em qualquer tipo de papel. O preço? Em pacote custa 11,99 euros e cada caneta ronda os 3,49 euros.
O melhor é ver o vídeo.