Maria Manuel Leitão Marques explica ao Dinheiro Vivo porque o novo fundo é inédito a nível mundial e os benefícios que pode trazer às instituições nacionais.
A Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques e o Presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social, Filipe Almeida explicaram no stand do Dinheiro Vivo, na Web Summit, antes da apresentação pública do Fundo para a Inovação Social (FIS), os contornos do novo incentivo criado pelo governo.
O FIS é um instrumento financeiro integrado na iniciativa Portugal Inovação Social, o primeiro do género criado com verbas do Fundo Social Europeu (que tem um total de 150 milhões de euros para gastar).
No total vão ser 55 milhões de euros que vão estar disponíveis para financiar startups e entidades da economia social que queiram desenvolver projetos de empreendedorismo e inovação social que gerem fluxos financeiros positivos.
A ministra explicou que se trata de um fundo com duas vertentes: uma de crédito, que será mobilizada através da prestação de garantias; e outra de capital, destinada a coinvestimento com financiadores privados no capital de startups que desenvolvam produtos ou serviços de impacto social. No vídeo pode saber alguns exemplos de empresas que vão melhorar os seus serviços sociais com o novo fundo.
O ministério de Maria Manuel Leitão Marques dá alguns dados para dar força à nova iniciativa. “De acordo com a edição 2018 do Annual Impact Investor Survey, realizado pelo Global Impact Investor Network, que indica que o mercado mundial de investimento de impacto, que representa os investimentos realizados em entidades que através dos seus produtos ou serviços produzem impacto social mensurável, irá crescer 8% em volume de negócios em 2018″. Isto significa que irá passar dos 35 mil milhões de dólares para 38 mil milhões, uma tendência que acompanha o crescimento acumulado de 35% nos últimos 5 anos.
A ministra indica ainda que o FIS acompanha uma tendência mundial de criação de fundos de investimento destinados especificamente a inovação e empreendedorismo social. Outros exemplos são o Big Society Capital, a Bridges Fund Management, o SI2 Fund e o The Social Entrepreneurs Fund.