Notificações: são basicamente formas de a aplicação o relembrar de que existe. Iluminam o ecrã, produzem som ou vibram – as notificações existem em vários formatos. Se há uma notificação, inconscientemente o utilizador também procura uma recompensa: seja isso um ‘like’ ou um alerta de que foi lançado algo que lhe interessa.
Deslizar para atualizar: se já viu tudo o que lhe interessava ou acha que lhe estão sempre a aparecer as mesmas coisas, é sempre tempo de atualizar as coisas. Um movimento tão natural como deslizar permite atualizar a app. São menos toques no ecrã e é um movimento bem mais natural para o utilizador. Há também a ilusão de que algo novo vai acontecer.
Scroll infinito: não sente que o Instagram às vezes não tem fim? É justamente por isso que é uma aplicação que consome tanto tempo ao utilizador. O mesmo acontece com o Facebook. Sem um limite visual de onde acaba a aplicação, o utilizador passa mais tempo dentro da app. Mas não é só aqui: a Netflix também recorre à reprodução automática de episódios para garantir que o utilizador não arreda pé. REUTERS/Tatyana Makeyeva
Gamificação: em linhas muito gerais, passa pela utilização de coisas próprias de uma experiência de jogo aplicadas ao dia-a-dia. Veja-se o Zomato: utiliza um sistema de pontos em que uma opinião vale determinado número de pontos, para que o utilizador possa subir de ranking. Além da questão da recompensa, isto também acaba por prender o utilizador a apps que recorrem a esta lógica.
Cores: ninguém quer ter uma aplicação feia ou com pouca usabilidade. E é aqui que as cores têm uma importância tão grande. Tal como os sinais de trânsito recorrem a vermelho ou amarelo para indicar perigo ou atenção, também as aplicações usam esta técnica. É por isso que muitas vezes as notificações são colocadas a laranja ou vermelho – porque pedem a atenção do utilizador, dizendo que há ali algo de novo. Fonte: Pixabay
Quem desenvolve aplicações sabe que há determinadas estratégias que se pode utilizar para conseguir reter os utilizadores durante mais tempo.
Há quem recorra ao ‘teste da escova de dentes’ para saber se uma aplicação é útil ou não. Se não usa uma app todos os dias, é muito pouco provável que tenha uma vida longa no seu telefone. Para sobreviver a esse teste, os programadores recorrem a algumas funcionalidades quando estão a desenvolver uma aplicação.
Em primeiro lugar, há que garantir que a aplicação tem uma boa interface de utilização – assim evita-se que o utilizador chegue a ponto de exasperação com os bugs e erros.
Mas esta não é a única ideia. Notificações, cores chamativas ou scroll infinito são estratégias simples a que os programadores recorrem para garantir que passa muito tempo a usar determinada aplicação ou que utiliza a app pelo menos uma vez por dia.