As ações da maior fabricante de componentes chinesa, a SMIC, caíram 22%, após os EUA afirmarem que poderão impor restrições às exportações da empresa.
Por enquanto as restrições às exportações ainda estão no campo das possibilidades, mas só o facto de os Estados Unidos estarem a considerar esse cenário fez mexer os títulos da chinesa SMIC. Na bolsa de Hong Kong, as ações da fabricante chinesa caíram 22,88% na sessão desta segunda-feira, para cerca de 18,24 dólares de Hong Kong (equivalente a 1,99 euros).
De acordo com a agência Reuters, esta significativa desvalorização das ações da empresa chinesa terá representado uma queda de quatro mil milhões de dólares (cerca de 3,38 mil milhões de euros) no valor de mercado da SMIC.
Os Estados Unidos anunciaram este sábado, dia 5, que estão a ponderar adicionar a SMIC à chamada ‘lista negra’. As companhias que integrem esta lista do Departamento de Comércio dos Estados Unidos enfrentam restrições nas exportações de produtos fabricados no país. Neste momento, a lista já conta com mais de 300 empresas sediadas na China.
De acordo com declarações do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, adicionar a SMIC à lista “requereria que todas as exportações da SMIC passariam a ser alvo de uma análise mais aprofundada”.
Após os EUA mencionarem esta possibilidade, a SMIC emitiu um comunicado onde afirmou “estar em choque completo e perplexa com as notícias”. A empresa sublinhou também que “presta serviços unicamente para uso de utilizadores civis e consumidores finais”, negando ligações aos serviços militares da China. “Quaisquer suposições de que a empresa tem ligações com os serviços militares chineses não é verdade, tratando-se de acusações falsas.”
A SMIC depende de alguns componentes que são fabricados nos Estados Unidos. À semelhança de outras companhias que integram a ‘lista negra’, as restrições dificultariam uma parte do negócio da SMIC e, potencialmente, também a produção da empresa.
EUA adicionam tecnológicas chinesas de inteligência artificial à “lista negra” comercial