A Alemanha quer restringir a forma como o WhatsApp e o Instagram recolhem dados, alegando que juntar esta informação à recolha que já é feita pelo Facebook coloca a gigante das rede sociais numa “posição dominante” neste mercado.
As declarações foram feitas pelo presidente da autoridade da concorrência alemã, Andreas Mundt. Segundo este organismo, a recolha de dados de utilizadores que é feita no WhatsApp e Instagram, também eles empresas pertencentes à organização liderada por Mark Zuckerberg, que depois se juntam aos dados recolhidos no Facebook traçam um perfil dos utilizadores que dá uma posição demasiado vantajosa à rede social.
Desta forma, a autoridade da concorrência alemã anunciou a proibição de a rede social juntar automaticamente os dados recolhidos no WhatsApp e Instagram às informações recolhidas na rede social Facebook.
“O Facebook não pode obrigar os seus utilizadores a aceitarem uma coleta quase ilimitada dos seus dados” através de outros ‘sites’ porque o coloca em “posição dominante”, disse Andreas Mundt, numa conferência de imprensa citada pela agência Lusa.
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“Precisamos de ser mais rigorosos na forma como lidamos com o abuso de poder que surge com os dados”, acrescentou ainda Andreas Mundt. Segundo a autoridade da concorrência alemã, para que exista uma eventual junção da informação recolhida destes três produtos (Facebook, WhatsApp e Instagram” será necessário um consentimento explícito dados pelos utilizadores.
“O objetivo é impedir a fusão de todas as informações que o Facebook recolhe sobre os utilizadores” e “forçar os gigantes da tecnologia a adaptarem os respetivos modelos económicos ao direito da concorrência”, explicou Mundt.
Concretamente, o Facebook deverá submeter no espaço “de quatro meses” uma modificação das condições de utilização à Bundeskartellamt (a designação da autoridade de concorrência alemã), que as deverá posteriormente “aprovar”.