Os acionistas da gigante de e-commerce estão decididos a votar contra a tecnologia de reconhecimento facial que está a ser desenvolvida pela empresa. O tema tem sido uma questão controversa dentro da Amazon.
Um grupo de acionistas da Amazon, liderado pela organização sem fins lucrativos Open MIC, já pediu à empresa para parar de vender esta tecnologia de aprendizagem automática a outras organizações. A decisão poderia ser invertida caso uma entidade externa possa confirmar que esta tecnologia “não contribui para violações atuais ou potenciais dos direitos humanos”.
De uma forma técnica, este voto para não banir a tecnologia não é sinónimo de muita coisa, aponta o Engadget. Ainda assim, isto poderia reforçar a posição de várias vozes críticas, que apontam que esta tecnologia pode atentar contra os direitos de privacidade e “ter um impacto desproporcionado em pessoas de cor, imigrante e ativistas”, aponta a ONG.
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Quando a tecnologia da Amazon foi testada pela American Civil Liberties Union (ACLU), houve 28 falsos positivos no Congresso, confundindo 28 congressistas com suspeitos da base de dados norte-americana. As más correspondências eram particularmente flagrantes quando as pessoas não eram caucasianas.
Na altura, a Amazon referia que isto se devia a um mau uso da tecnologia, que tira partido de deep learning e inteligência artificial para fazer as correspondências. Apesar das críticas, a Amazon já veio a público propor que esta tecnologia seja regulada pelos governos – tal como a Microsoft já o havia dito.
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