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Google em polvorosa. Executivos e funcionários em ‘guerra’ com reentrada na China

1. A Google tem escritórios na China, mas o motor de busca não está disponível no país. Foto: REUTERS/Thomas Peter
2. Motor de busca já não está disponível na China há quase dez anos. Foto: REUTERS/Thomas Peter
3. “A nossa objeção é para com as forças do totalitarismo [na China]”, disse Sergey Brin, numa entrevista ao The New York Times em 2010. Foto: REUTERS/Thomas Peter
4. Depois de muitos anos afastada da China, a Google quer ganhar posição num mercado que representa um quinto da população mundial. Foto: REUTERS/Aly Song
5. "Penso que se queremos cumprir bem a nossa missão, temos de pensar seriamente sobre como podemos fazer mais na China”, disse o CEO da Google, Sundar Pichai, numa resposta aos funcionários em agosto. Foto: REUTERS/Aly Song

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Dez anos depois, a Google quer ter outra vez um motor de busca na China. Com mais de 700 milhões de utilizadores de internet, o mercado asiático é uma oportunidade de negócio ainda por explorar.

O diretor executivo da Google, Sundar Pichai, e um dos cofundadores, Sergey Brin, reuniram-se esta quinta-feira com os funcionários para falar do possível lançamento de um motor de busca na China que pode censurar conteúdos. Esta semana mais de mil trabalhadores da empresa assinaram um documento que alerta para o facto de haver “questões éticas e morais urgentes” relacionadas com esse projeto.

Na reunião, entretanto revelada pela Bloomberg, Sundar Pichai disse que o projeto conhecido como ‘Dragonfly’ está ainda numa fase “exploratória” e “inicial”. “Não estamos perto de lançar um produto de pesquisa na China. E se o vamos fazer ou não ainda não é uma certeza”, disse o executivo.

Segundo as notícias do início do mês, a Google estará a desenvolver uma versão dedicada do seu motor de busca para a China e que vai censurar conteúdos de temas relacionados com os direitos humanos, democracia e religião.

Apesar de ter passado a mensagem de que o projeto ‘Dragonfly’ não é um dado adquirido, Sundar Pichai admitiu por outro lado que o mercado asiático é importante e que a Google precisa de encontrar uma forma de lá ‘reentrar’.

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“A nossa missão é organizar a informação do mundo. A China representa um quinto da população mundial. Penso que se queremos cumprir bem a nossa missão, temos de pensar seriamente sobre como podemos fazer mais na China”.

Outra crítica apontada pelos funcionários foi a forma quase ‘secreta’ como a Google iniciou este novo projeto, sem informar os elementos da casa. Neste capítulo, o CEO da tecnológica prometeu “ser mais transparente”, à medida que o plano do regresso à China ganha formato. “Definitivamente planeamos interagir e falar mais”.