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Claranet compra CorpFlex e aumenta presença no mercado brasileiro de cloud

António Miguel Ferreira é diretor-geral da Claranet Ibéria e América Latina. Foto: Jorge Amaral / Global Imagens

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A Claranet, que fornece soluções de cloudhosting, segurança e redes, comprou a tecnológica CorpFlex, que tem uma posição de relevo no mercado de soluções cloud no Brasil. Criada em 1992, a CorpFlex tem clientes em vários setores, incluindo a área da saúde, transportes, indústria e agronegócio.

Com presença no mercado brasileiro desde 2017, a Claranet avança em comunicado que se trata do momento para “expandir e aproveitar” esta localização. O montante do negócio não foi divulgado, mas a empresa indica que se trata do “primeiro grande investimento” no país.

“Alcançamos excelentes resultados na Ibéria nos últimos quatro anos, crescemos de forma orgânica e através de aquisições, excedendo 800%, e atingimos 128 milhões de receita anual. Chegou agora a altura de alcançarmos o mesmo impacto no Brasil”, indica António Miguel Ferreira, diretor-geral para a Ibéria e América Latina da Claranet.

“Consideramos que agora é o momento de expandir e aproveitar este mercado global tão importante. A CorpFlex é o nosso primeiro grande investimento no Brasil, o qual irá expandir o seu potencial de forma alinhada com algumas das nossas maiores operações a nível Europeu. Atualmente, temos uma equipa com mais de 200 colaboradores no Brasil, que disponibilizam um ótimo serviço de apoio técnico e de gestão aos nossos clientes. Para o futuro estamos a analisar, de forma ativa, outras oportunidades de crescimento orgânico através de mais aquisições”, indica António Miguel Ferreira.

“Não queremos parar por aqui a nível de crescimento por aquisições, continuamos atentos e estamos a trabalhar noutras potenciais operações. Há uma oportunidade de consolidação do mercado, que queremos aproveitar, tendo em conta a nossa experiência similar em outros mercados. No fundo, queremos repetir no Brasil, a história de sucesso que a Claranet tem em outros países, como em Inglaterra, França ou Portugal. De operações pequenas há alguns anos atrás, temos uma presença muito relevante nestes mercados, em particular em Portugal. No Brasil, já somos um dos principais fornecedores de serviços geridos de Cloud pública e Cloud privada, mas temos ambição de vir a ser um dos maiores nos próximos anos”, afirma o responsável da Claranet.

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Já Edivaldo Rocha, CEO da CorpFlex, espera conseguir repetir a estratégia já usada no mercado europeu. “Ao juntarem forças, a Claranet e CorpFlex, encontraram a maneira perfeita de aumentar o valor que proporcionam aos clientes no Brasil. Esta é uma estratégia que já deu provas na Europa. Agora é o momento de uma empresa pioneira, como a CorpFlex no Brasil, potencializar o seu conhecimento local pela experiência e força de uma empresa global.”

De acordo com Charles Nasser, fundador e CEO do Grupo Claranet, a junção de negócios tem como objetivo “aumentar o valor que oferecemos aos nossos clientes, tendo por base um crescimento orgânico sustentável. Com uma nova equipa cheia de talento, vamos continuar a desenvolver o nosso portfolio, disponibilizar tecnologias, plataformas, e competências mais de encontro às necessidades dos nossos clientes.”

As empresas continuarão a coexistir como duas entidades legais ao longo do ano, detalha a Claranet, sendo que a integração decorrerá em 2021. Por agora, as duas marcas continuam no mercado, com a CorpFlex a acrescentar a designação “a Claranet Group company“.

” A gestão será comum, desde já, uma equipa única com executivos de ambas as companhias, liderada pelo Managing Director, Edivaldo Rocha (que liderava a Corpflex). A Claranet tem um historial de aquisições em que mantém o talento, o capital humano, e promove o crescimento orgânico, com maior geração de negócio através de sinergias entre as duas companhias. É o que pretendemos fazer também neste caso”, explica a tecnológica.

Continuar a crescer no Brasil

No Brasil, a Claranet já tem empresas como a Embraer, a TV Globo ou o Banco Fibra na lista de clientes – mas o objetivo passa pelo crescimento a dois dígitos. António Miguel Ferreira explica que a empresa tem o objetivo “de continuar a crescer mais de 20% ao ano no Brasil. O crescimento orgânico é para nós essencial e queremos crescer acima da média, num mercado com o potencial que o Brasil tem, no IT [tecnologias de informação].”

Relativamente à atual situação do mercado brasileiro, a Claranet avança que faz este investimento no país com “confiança” e “boas perspetivas no médio e longo prazo”.

“Conhecemos a CorpFlex desde 2018 e constatamos que tem vindo a crescer nos últimos anos e a ultrapassar as suas metas, fruto de uma gestão de altíssimo nível. Esse cumprimento também se verificou na primeira metade de 2020, apesar do abrandamento económico devido ao Covid. A Claranet conhece bem o modelo de negócio de “managed services” e fez este investimento com a confiança de que é um modelo de negócio resiliente, com boas perspetivas no médio e longo prazo, pois o que propomos são serviços de Cloud e Security de que as empresas cada vez mais necessitam. Os serviços de IT que propomos tornam as empresas mais competitivas e ágeis. No Brasil, não é diferente, apesar dos desafios do ponto de vista do contexto político-económico. Mas é também um país onde as empresas já vivem essa instabilidade há muitos anos e, apesar de tudo, prosperam”, conclui António Miguel Ferreira.

“Gostaria que as universidades duplicassem alunos formados nas áreas tecnológicas”