Negócio vai tornar ainda mais intensa a luta pela liderança em serviços de computação cloud. IBM diz que apenas 20% das empresas fizeram a transição para a cloud e quer ‘atacar’ os restantes 80%.
A IBM chegou a acordo com a Red Hat para uma aquisição de 34 mil milhões dólares. O negócio foi anunciado este domingo e deverá ficar concluído na segunda metade de 2019, depois de ser aprovado pelos diferentes reguladores.
Com este negócio, a IBM tenciona ser o fornecedor número um em serviços de cloud híbrida – uma modalidade que significa que as empresas têm os seus serviços numa mistura de servidores próprios, cloud privada ou também em serviços de cloud pública.
A gigante norte-americana também já disse que a Red Hat vai ser tratada como uma unidade independente, mas integrada na divisão de cloud híbrida da IBM.
A Red Hat é uma das principais tecnológicas do mundo orientadas para soluções empresariais. É conhecida pelo software desenvolvido em código aberto, sobretudo na área do sistema operativo Linux para servidores, mas também disponibiliza ferramentas de automação e de desenvolvimento em containers (contentores, em tradução livre).
“A aquisição da Red Hat muda tudo. Muda tudo no mercado da cloud”, considerou a diretora executiva da IBM, Ginni Rometty, em comunicado. “Juntar forças à IBM vai dar-nos mais escala, recursos e capacidades para acelerar o impacto do software em código aberto como a base para a transformação digital”, disse por seu lado Jim Whitehurst, diretor executivo da Red Hat.
Esta aquisição torna-se assim num dos cinco maiores negócios de sempre entre tecnológicas, ranking que continua a ser liderado pelo mega-negócio no qual a Dell comprou a EMC por 67 mil milhões de dólares, em 2015.