“Há a ideia de que proteger o ambiente é mau para o negócio”, diz a responsável pela área ambiental da Apple.
Lisa Jackson, a responsável da Apple para a área do ambiente e iniciativas sociais veio à Web Summit, em Lisboa, falar sobre o negócio da Apple, na vertente de como a tecnológica pode ter um papel importante ao minimizar os impactos ambientais da atividade da empresa.
“Há a ideia de que proteger o ambiente é mau para o negócio”, diz Lisa Jackson, antes de começar a enumerar as várias iniciativas para a área ambiental e de responsabilidade social da tecnológica norte-americana. Em setembro deste ano, ainda durante a apresentação dos novos iPhone, Lisa Jackson já tinha subido ao palco, para falar sobre a responsabilidade ambiental da Apple.
Este ano, a empresa havia assumido a responsabilidade de que usaria apenas energia renovável e que prestaria uma especial atenção à reutilização de materiais. Entre os casos mais flagrantes, está o mega campus da Apple, por exemplo, que conta com painéis solares na estrutura circular, que fornecem energia ao quartel-general da marca da maçã.
Há poucos dias, a empresa anunciou também que os novos Macbook são feitos a partir de alumínio reciclado. “O nosso futuro exige que façamos questões”, aponta Lisa Jackson, que está na Apple há cinco anos. Antes disso, a agora responsável da Apple também passou pelo lado político, ao fazer parte da administração de Barack Obama.
“O ar que respiramos e o mundo que vamos deixar aos nossos filhos não pertence a uma ideologia, pertence a todos nós. O governo deve ser um aliado no nosso trabalho. Na Apple, continuamos a apoiar o Acordo de Paris”, assegura Jackson, numa clara crítica à posição da administração de Donald Trump. Mas não é apenas no plano ambiental que a Apple se quer destacar. “
Educar a próxima geração tem de ser uma prioridade. A educação é um direito humano fundamental”, explica Jackson. Em jeito de conclusão, Jackson desmistifica a relação entre a responsabilidade social de uma empresa e a sua vertente de negócio. “Podemos passar bem, enquanto fazemos o bem”, assegura. “Acreditamos que não há problema demasiado grande ou complexo que não se possa resolver com cooperação e inovação”.