A Foxconn, uma das gigantes do fornecimento de componentes, viu o lucro do primeiro trimestre afundar 90% para os 70,3 milhões de dólares.
Há duas décadas que o lucro trimestral da Foxconn não era tão baixo. Devido à pandemia, a empresa não só suspendeu a operação das fábricas na China mas também viu a procura por componentes seriamente afetada, fatores que justificam os resultados trimestrais abaixo do normal.
O lucro da Foxconn caiu 90% em comparação com o valor do mesmo trimestre de 2019, para os 70,3 milhões de dólares (65 milhões de euros). Trata-se do valor mais baixo registado desde 2000, nota a agência Reuters. Já as receitas caíram 12% até março, em comparação com o período homólogo de 2019.
Apesar dos resultados com lucros abaixo do normal, a Foxconn afirma que “a pior parte do surto já terminou” para a empresa. Em comunicado, os responsáveis referem que a “Hon Hai [o nome formal da Foxconn] estabilizará no segundo trimestre”, destacando como pontos positivos o retomar das operações na China.
No segundo trimestre, que terminará em junho, a Foxconn espera uma subida das receitas na ordem dos “dois dígitos”, mas acredita que, em comparação com o ano passado, será registada uma quebra de receitas.
A empresa refere que tem sentido algum impulso do crescimento devido ao teletrabalho e entretenimento online, mas que a divisão de eletrónica de consumo, onde estão incluídos os smartphones, continuará a registar alguma quebra, devido ao impacto sentido na procura.
Devido à pandemia, a Foxconn indicou que prefere não fazer previsões de resultados para a segunda metade do ano.