Paul Allen, que fundou a Microsoft em conjunto com Bill Gates, morreu esta segunda-feira à noite. A notícia foi avançada por várias publicações internacionais, incluindo a CNBC e a Bloomberg. Allen, com 65 anos, morreu de cancro.
Ainda no dia 1 de outubro, o norte-americano partilhava no Twitter que o linfoma não-Hodgkin, com o qual já tinha travado uma luta em 2009, tinha regressado. “Comecei os meus tratamentos e os médicos estão otimistas de que vou ver bons resultados. Agradeço o apoio que recebi e conto com ele enquanto luto contra este desafio”, disse na altura.
Nascido na cidade de Seattle, em janeiro de 1953, é a Paul Allen que se atribui a autoria de um dos mais importantes momentos dos primeiros tempos da Microsoft. Graças a um contrato que conseguiu fechar, a Microsoft foi capaz de ser a fornecedora do sistema DOS para computadores IBM, naquele que foi o negócio que catapultou a tecnológica para a ribalta e os seu fundadores para a fortuna.
“A contribuição de Paul Allen para a nossa empresa, indústria e comunidade é indispensável. Enquanto cofundador da Microsoft, na sua maneira calma e persistente, criou produtos mágicos, experiências e instituições, e ao fazê-lo, mudou o mundo”, escreveu o atual diretor executivo da Microsoft, Satya Nadella, numa mensagem de reação à morte de Paul Allen.
“Hoje perdemos um grande pioneiro da tecnologia”, disse, também numa reação, o diretor executivo da Google, Sundar Pichai.
Paul Allen fundou a Microsoft com Bill Gates em 1975 e manteve-se na empresa até 1983, tendo saído por motivos de saúde. Manteve-se na empresa até ao ano 2000, altura em que renunciou ao seu cargo no conselho de administração.
“Tínhamos uma amizade fantástica e uma parceria fantástica. Isso ficou demonstrado na Microsoft”, disse Paul Allen, numa entrevista ao The New York Times, em 2011, a propósito da sua relação com Bill Gates.
Desde então dedicou-se à filantropia, a investimentos privados e apoiou investigações em diferentes áreas, desde a saúde até ao impacto da tecnologia na vida das pessoas. Estima-se que a sua fortuna pessoal ronde os 20 mil milhões de dólares.
Apesar de ter ficado conhecido pelo seu trabalho na Microsoft, mais recentemente Paul Allen focou os seus esforços noutras duas áreas: na inteligência artificial, através do Allen Institute for Artificial Intelligence, e também na área da aviação, sendo um dos principais financiadores do Stratolaunch, o maior avião já alguma vez construído.