Publicidade Continue a leitura a seguir

Conheça a sequela do jogo ‘mais português de Portugal’

Inspector Zé e Robô Palhaço em: O Assassino do Intercidades
Inspector Zé e Robô Palhaço em: O Assassino do Intercidades
Inspector Zé e Robô Palhaço em: O Assassino do Intercidades
Inspector Zé e Robô Palhaço em: O Assassino do Intercidades
Inspector Zé e Robô Palhaço em: O Assassino do Intercidades
Inspector Zé e Robô Palhaço em: O Assassino do Intercidades

Publicidade Continue a leitura a seguir

O estúdio português Nerd Monkeys está de volta com um novo trabalho. Os inspetores Zé e Robô Palhaço têm um novo mistério por resolver.

Há um assassino à solta no Intercidades que faz a ligação entre Lisboa e Porto. Calma, não é na vida real, é no novo jogo do estúdio português Nerd Monkeys. Lançado esta quinta-feira, o título volta a fazer uma grande aposta no humor e nas referências à cultura portuguesa da década de 1980 para conquistar a atenção dos jogadores.

O jogo traz de volta os dois inspetores mais famosos de Portugal: José Justino – Zé para os amigos – e o Robô Palhaço, um ajudante imprescindível na resolução dos crimes. A dupla já tinha dado que falar na primeira aventura do estúdio, lançada em 2014, mas agora há um novo mistério por resolver.

“Eles vão encontrar personagens bastante variadas e típicas da nossa sociedade, desde os velhotes que estão sempre a viajar no comboio todos os dias de um lado para o outro, a dormir, até às miúdas que vão para o festival e que querem é curtir, fumar e beber. Cabe-nos a nós entrevistar este pessoal todo e tentar descobrir afinal quem é que anda a matar no Intercidades”, explica Filipe Pina, um dos cofundadores da Nerd Monkeys, à Insider.

Quem jogou a primeira aventura – Crime no Hotel Lisboa – pode esperar uma sequela que respeita o legado. O jogo mantém a arte pixelizada, a jogabilidade muito simples, bastando clicar no rato para mover e interagir com as personagens [estilo point and click], e continuam lá as referências e o humor do que é ser português.

“Isto acaba por ser um bocado a nossa imagem de marca, projeta bastante a imagem da Nerd Monkeys lá fora e cá dentro, porque estamos a refletir a cultura portuguesa e não há propriamente um jogo a fazer isso”, justificou Filipe Pina.

O título, disponível em português e em inglês, tem o cuidado de adaptar o texto para que os jogadores de outros países não fiquem ‘à nora’ com o diálogo das personagens e esta estratégia resultou bem no primeiro jogo.

“Como é que a gente faz para isto apelar a um público internacional? Afinal, ninguém vai compreender porque existe um táxi preto e verde no jogo, ninguém vai compreender porque está ali um poster com um pastel de nata. (…) Aquilo que fiz logo no início foi ter o cuidado de ao escrever as personagens, pensar também como podiam funcionar em inglês. Ou seja, se o Inspetor Zé se chama José Justino, então em inglês é o Detective Case, Just in Case. E por aí adiante”.

O regresso, 120 mil crimes depois

A Nerd Monkeys espera superar o número de unidades vendidas pelo primeiro jogo da série. Segundo Filipe Pina, Inspetor Zé e Robot Palhaço: Crime no Hotel Lisboa vendeu 120 mil unidades, das quais apenas 5% foram vendidas em Portugal.

“Embora em Portugal haja um dado curioso: reparámos que as vendas que são feitas em Portugal são quase sempre com o jogo no preço máximo, ou seja, os portugueses não esperam pelos descontos e compram com o preço máximo, numa ideia de ajudar as produtoras, acho eu que é esse o sentimento”, salienta o criador.

A venda de 120 mil unidades não é, no universo dos videojogos, um resultado brilhante, mas atendendo à realidade portuguesa e “ao investimento e trabalho” que o estúdio teve, então “é um excelente número”, defende Filipe Pina.

O novo jogo foi sendo desenvolvido por uma equipa de oito pessoas ao longo dos últimos quatro anos. Inspector Zé e Robô Palhaço em: O Assassino do Intercidades está disponível na plataforma online Steam e custa 15 euros.