Esta semana, o serviço de streaming anunciou os resultados financeiros para o terceiro trimestre do ano. Além de ter aumentado o número de subscritores, também saltou à vista a sugestão de que estará a planear aumentar o espectro de planos de subscrição.
Há alguns meses, alguns utilizadores já tinham reparado que a Netflix estava a apresentar um novo plano de subscrição no seu site, com uma mensalidade mais elevada. Na apresentação de resultados, o serviço de streaming deixou no ar a sugestão de que essa poderá não ser a única alteração, sugerindo a Índia como uma espécie de projeto-piloto para novas mensalidades. E, nesta equação, uma das mensalidade seria mais baixa do que as opções atualmente disponíveis.
“Vamos experimentar novos modelos de subscrição, não só na Índia, mas também à volta do mundo, que nos permitam alargar o acesso, através de uma faixa de preço que ficará abaixo do nosso modelo mais barato”, disse Gregory Peters, chief product officer da Netflix, durante a apresentação de resultados. Será através deste tipo de mensalidades que a Netflix quererá acelerar o crescimento do serviço.
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Ainda assim, a empresa não especificou de que forma é que este plano de subscrição funcionará ou a que tipo de funcionalidades dará acesso. Recentemente, a Netflix também realizou testes, onde eram mostrados anúncios a outras séries originais do serviço, enquanto estava a ver algum filme ou série em streaming – uma opção que não reuniu a simpatia dos utilizadores, como seria de esperar.
Sem dar pormenores sobre este novo plano, começam a surgir as dúvidas: será mais barato através da introdução dos tais anúncios, por exemplo? A verdade é que os serviços de streaming estão a multiplicar-se: a Disney prepara-se para um serviço próprio, a DC também já lançou o seu, também o YouTube já quer entrar na corrida, com conteúdos originais na Europa. Além da concorrência da Hulu e do próprio serviço de streaming da Amazon. Com um mercado mais fragmentado, a Netflix tem um claro interesse em conseguir ‘agarrar’ os subscritores com outras opções, mais em conta.
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O ano passado, a Netflix já fez alterações aos planos de subscrição do serviço de streaming: o plano normal, que dá acesso a conteúdos HD em dois ecrãs em simultâneo passou dos 9,99 para os 10,99 euros por mês. O plano premium, com acesso a 4K e quatro ecrãs, aumentou dois euros, passando a custar 13,99 euros, em vez dos anteriores 11,99 euros. Na altura, a Netflix optou por manter o plano base, com apenas um ecrã e conteúdos em formato SD, ao mesmo preço – uma mensalidade de 7,99 euros.
Na apresentação de resultados, a Netflix indicou que conta atualmente com 137 milhões de subscritores. Os lucros triplicaram em relação ao mesmo período do ano anterior, passando para os 403 milhões de dólares (cerca de 351 milhões de euros). As receitas aumentaram 34%, chegando aos 4 mil milhões de dólares (cerca de 3,49 mil milhões de euros). A empresa também anunciou que também tem planos para investir 8 mil milhões de dólares (cerca de 6,98 mil milhões de euros) em conteúdo próprio.
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