Pode parecer um hambúrguer normal, mas é tudo aparência – é feito a partir de proteína de soja. É justamente esta proteína, chamada ‘heme’, que dá o aspeto e sabor similar ao da carne – que até “sangra” como a carne verdadeira.
Já é considerado comestível o hambúrguer que imita carne, criado pela empresa Impossible Foods. A Food Drug Admnistration (FDA), a agência que regula o departamento de saúde e serviços humanos dos Estados Unidos, deu a sua aprovação ao hambúrguer e à respectiva comercialização. Esta “carne” é feita à base de plantas e contém uma levedura modificada e uma proteína específica da soja (leghmoglobin), que normalmente é encontrada nas raízes das plantas de soja.
Esta “carne” já tinha sido submetida a testes pela FDA em 2014, mas não passou na avaliação devido ao seu ingrediente essencial, a proteína de soja, poder causar alergias e outros sintomas adversos.
No entanto recentemente foram realizados testes, onde esta carne foi dada a ratos de laboratório. O teste provou quem, mesmo que haja um consumo maior do que o normal da proteína de soja, isso terá um risco muito reduzido de causar alergias.
Este hambúrguer é vendido pela startup californiana Impossible Foods, que nunca foi proibida de continuar aberta, mesmo sem o selo de aprovação da FDA para o hambúrguer de soja. Para conseguir uma textura aproximada à versão original de hambúrguer que todos conhecemos, é adicionado à mistura óleo de côco, proteína de batata e ainda trigo.
“Receber uma carta da FDA a dar o seu selo de aprovação é uma grande vitória para a Impossible Foods, ciência, pessoas e para o planeta. Enquanto eu sempre esperei receber esta carta por parte por parte da FDA, tenho sido desagradavelmente surpreendido com a urgência que a FDA tem de “mergulhar” dentro da nossa ciência e dos nossos testes”, explica Patrick O. Brown, CEO e fundador da empresa, no comunicado onde anuncia o parecer da FDA.
Isto é bem capaz de despertar curiosidade do público para experimentar este Impossible Burger. Além disso, uma das missões da Impossible Foods passa por reduzir o consumo de carne até 2035 – a indústria agro-pecuária para alimentar o consumo de carne é uma das maiores fontes de poluição a nível mundial, além do gigante consumo de água que lhe está associado.