Publicidade Continue a leitura a seguir

Quando ‘crasha’ o Facebook e o YouTube, ganha o Pornhub

Publicidade Continue a leitura a seguir

As falhas em serviços como o Facebook, YouTube ou o Slack não acontecem todos os dias, é certo, mas quando acontecem costumam gerar o caos. Mas há quem saia vencedor destas falhas de serviços: os sites noticiosos e o Pornhub.

A Wired analisou dados de tráfego daquilo que acontece quando há falhas nos serviços. Nem sempre este tipo de resposta é linear, mas há uma coisa que fica clara: os utilizadores não fazem ‘log off’, apenas vagueiam para outros lados da Internet.

O Facebook teve um 2018 difícil, com falhas de serviço incluídas. No dia 3 de agosto de 2018, a rede social de Zuckerberg não funcionou durante 45 minutos. Segundo a análise feita pela publicação, durante esses 45 minutos os utilizadores direcionaram a sua atenção para os sites noticiosos. A análise compreende mais de 4 mil publicações e os resultados são claros: o tráfego direto aumentou 11%. Já no que às aplicações móveis de órgãos de comunicação social diz respeito, o tráfego cresceu 22%, em menos de uma hora.

Leia também | O jogo Fortnite também é tendência… no Pornhub

Também em 2018 era tempo de o YouTube ficar fora de alcance. A 16 de outubro, durante uma falha de cerca de 90 minutos, o tráfego de acesso a sites de notícias aumentou 20% – fortemente motivado por pesquisas para tentar perceber o que é que se passava com a plataforma de vídeo da Google.

Mas não foram só os sites de notícias a ganhar com esta falha do YouTube: também o tráfego do PornHub, um dos maiores sites de pornografia, cresceu a olhos vistos. Os números do site cresceram em 21%, só durante essa falha.

Um ponto curioso: os valores analisados mostram que os utilizadores transpuseram muitos dos termos de pesquisa do YouTube para o Pornhub. A pesquisa de termos como ‘ASMR’ (resposta sensorial autónoma do meridiano) aumentou 201% durante a falha do YouTube. Os vídeos de sons suaves para criar uma resposta na pele foi uma das grandes tendências no YouTube, no ano passado.

Durante a falha também aumentaram termos como ‘YouTube’ (+183%), ‘WWE’ (+144%), ‘Fortnite’ (+109%), ‘Minecraft’ (+96%), ‘Cartoon’ (+82%), ‘Pokémon’ (+79%), ‘Ariana Grande’ (+66%) e ‘Overwatch’ (+51%). Curiosamente, quando foram reveladas as tendências de pesquisa do Pornhub, os jogos Fortnite e Overwatch também figuravam no topo das tendências.

Por falar em Fortnite, o jogo também esteve offline durante quase 24 horas, no dia 11 de abril de 2018. Se este fenómeno foi tendência até no Pornhub, não é muito difícil adivinhar para onde se dirigiram os jogadores sem espaço para as batalhas de todos contra todos. O Pornhub registou um aumento de 9,8% do tráfego durante esse dia em que o título da Epic Games esteve offline.

A Google também falha

Mais raras são as falhas de serviço da Google – mas isso também acontece. A 16 de agosto de 2013, os serviços como o Google Docs ou o Gmail não funcionaram. E isto refletiu-se em força no tráfego global da Internet: com uma falha de cinco minutos, o tráfego da Internet sofreu uma queda de 40%.

A Wired recorreu também ao site Down Detector para perceber quais eram os serviços que mais falham. Até ao dia 1 de novembro, havia um claro campeão neste ‘jogo’ onde ninguém quer figurar: o Facebook, com quase 200 falhas registadas. Segue-se o Instagram, com valores na ordem dos 170, seguido pelo YouTube, e, com cerca de 100 falhas reportadas, a Google. Seguem-se a Amazon, o Tinder,  Twitter e, por fim, o Slack.

 

Epic Games criou o jogo do ano. O resultado? Lucros de 3 mil milhões de dólares