No estudo Tech Trends 2019, feito pela Deloitte, saltam à vista como é que as empresas estão a tirar partido da tecnologia para fazer negócio. A inteligência artificial será um dos motores de negócio e a conectividade promete não ficar por aqui.
O novo estudo da Deloitte, intitulado Tech Trends 2019: Beyond the digital frontier, compara como é que o mundo tecnológico era há dez anos e como é hoje. Há uma década, seria impensável ter software de gestão no telefone – em 2019 é uma realidade e até uma aposta de muitas empresas que disponibilizam este tipo de soluções.
“Nos últimos dez anos, cloud, analítica e as tecnologias digitais têm vindo a trazer disrupção para o mundo das tecnologias de informação, modelos de negócio e mercados”, explica a Deloitte, naquela que é a décima edição do estudo Tech Trends.
Para 2019, saltam à vista grandes temas, como a inteligência artificial a ter um papel cada vez mais intenso nas organizações. “O uso de IA nas organizações está a passar de uma lógica de ‘porquê?’ para ‘porque não?’, explica a Deloitte. Conceitos como processamento de linguagem natural, aprendizagem automática e muito mais vão “estar no centro dos processos de negócio – mas não só: também serão integrados em produtos, serviços e até no futuro das indústrias”.
Este estudo aponta que, eventualmente, se caminhará para um estado das tecnologias de informação onde serão precisas menos pessoas para fazer as mesmas tarefas. “Chegámos ao próximo estado na evolução da computação cloud, com recursos técnicos completamente abstratos e com as tarefas de gestão gradualmente automatizadas”. Segundo a consultora, isto será uma forma de ter os talentos de TI mais focados em atividades que possam alavancar os negócios. As tarefas podem reduzir-se e, consequentemente, serem necessárias menos colaboradores. Para Hans Van Grieken, EMEA Technology Research & Insights Leader da Deloitte, a digitalização poderá tirar postos de trabalho, mas também ajudará a criar novas profissões.
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Também a conectividade, nomeadamente a tendência 5G e o edge computing vão criar “um novo alcance no mundo dos negócios”. A juntar a isto, as interfaces inteligentes também mudarão a forma como os humanos interagem com computadores e tecnologia. “Visão computadorizada, a voz, realidade virtual ou realidade aumentada” estarão mais centradas no humano, aponta o estudo.
Com todas estas forças a surgir no mundo dos negócios, impulsionadas pela tecnologia, vão também colocar a segurança e a privacidade num lugar de destaque, tornando-se até “mindsets essenciais ao longo do desenvolvimento do produto”.
“Tendências que só agora fazem manchetes como tendências emergentes assumem já grande destaque nas organizações”, avisa a Deloitte. As tendências enumeradas pela consultora não devem ser vistas, no entanto, como isoladas: será a combinação de forças e integração de diversas realidades que fará a diferença nos modelos de negócio.