O satélite da NASA tem como objetivo ajudar a ter previsões meteorológicas mais precisas. Chama-se RainCube e tem dimensões muito semelhantes às de uma caixa de sapatos.
Na realidade, RainCube significa “Radar in a CubeSat”. Este pequeno satélite utiliza instrumentos de pequenas dimensões para perceber, em tempo real, aquilo que se passa dentro das tempestades. Já está em órbita desde julho e ajudou a captar as primeiras imagens de uma tempestade na zona do México, em agosto. Em setembro, ajudou também a captar as imagens das primeiras chuvas do furação Florence, que afetou parte dos Estados Unidos.
O RainCube tem um topo semelhante à estrutura de um guarda-chuva: é este componente que emite sinais de radar, que são refletidos nas gotas de chuva, para que a NASA possa gerar uma imagem daquilo que se passa dentro da tempestade, inclusive da parte de formação.
Segundo a NASA, quantos mais equipamentos deste género, com pequenas dimensões, existirem, mais fácil será conseguir ter informação em tempo real sobre as tempestades e formular modelos baseados na informação adquirida.
A NASA não é a única agência a ter interesse em perceber melhor as alterações meteorológicas. Em agosto, a ESA, a Agência Espacial Europeia, colocou em órbita o satélite Eólo, com o objetivo de utilizar tecnologia de laser para conseguir medir os ventos ao redor do globo e ter informação em tempo real sobre este tipo de mudanças. O Eólo conta com tecnologia desenvolvida em Portugal.
Este artigo foi publicado originalmente na edição do dia do Diário de Notícias, no dia 28 de setembro de 2018.