Fim do projeto chega numa altura em que os carros autónomos da empresa regressaram aos testes. Serviço de entregas em camiões, chamado de Freight, mantém-se.
A Uber parou o desenvolvimento de sistemas de condução autónoma para veículos de grandes dimensões. A novidade foi revelada esta segunda-feira e confirmada pela própria tecnológica norte-americana. Todos os funcionários alocados aos camiões autónomos vão passar agora para a divisão de carros que conduzem sozinhos.
Durante algum tempo, os camiões autónomos foram um dos projetos de desenvolvimento mais importantes da Uber. A empresa chegou mesmo a fazer uma prova de conceito com uma marca de cervejas, com um camião a percorrer 195 quilómetros em modo autónomo.
Agora o projeto fecha portas. Não foram revelados grandes motivos para esta decisão. “Recentemente demos um passo importante ao regressar às estradas de Pittsburgh [com carros autónomos] e, para manter o ímpeto, acreditamos que ter toda a energia e conhecimento da nossa equipa focada neste esforço é o melhor caminho para o futuro”, disse a empresa em comunicado.
Recorda-se que um veículo autónomo da Uber esteve envolvido num atropelamento mortal, o que levou a empresa a parar temporariamente os testes nos EUA.
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A publicação TechCrunch fala no fecho da divisão de camiões autónomos como uma possível consequência da batalha legal que a Uber travou com a Google.
A tecnologia de condução autónoma para camiões da Uber foi comprada à startup Otto, em 2016. Esta startup foi fundada por Anthony Levandowski, antigo engenheiro da Google e que viria a tornar-se o líder dos esforços de veículos autónomos da Uber.
Anthony Levandowski acabou por ser o centro da discórdia entre as duas gigantes tecnológicas – a Google dizia que o engenheiro roubou segredos da empresa, segredos esses que depois terá levado para a Uber. As duas empresas chegaram a um acordo antes do caso terminar, mas Levandowski acabaria por ser despedido a meio deste processo.