Algumas das principais empresas que estão a apostar em sistemas de condução autónoma juntaram-se para estudar o impacto que esta tecnologia vai ter na sociedade. Uber, Waymo, Lyft, Ford, Daimler, Toyota, FedEx e a Associação Americana de Camionistas criaram uma organização sem fins lucrativos que vai funcionar como ‘veículo’ para esse objetivo.
A principal preocupação é o impacto que os carros autónomos podem ter no emprego: milhões de condutores de táxis, camiões e outros serviços de logística podem perder os seus trabalhos. Um estudo da Goldman Sachs, publicado em 2017, estimava que nos picos de saturação os veículos autónomos podem resultar em 25 mil novos desempregados todos os meses e em 300 mil por ano.
A organização, apelidada de Parceria para Inovação e Oportunidade de Transporte (PTIO na sigla em inglês), disse à publicação The Verge que “a segurança dos trabalhadores e do público é primordial”.
“O correto desenvolvimento da tecnologia [dos veículos autónomos] é fundamental para assegurar melhores oportunidades para os trabalhadores, por isso planeamos interagir com vários decisores preocupados e que já estão a ter conversas e planeamentos sobre esta transição para os veículos autónomos do futuro”, referiu a diretora executiva da PTIO, Maureen Westphal.
Depois de reunir dados sobre o impacto ‘humano’ dos carros autónomos, a organização vai depois numa fase posterior começar a promover novas oportunidades de emprego para os trabalhadores que podem ver os seus lugares em risco devido à evolução dos veículos autónomos.
Destaque para o facto de a PTIO arrancar com dois nomes grandes da condução autónoma em Silicon Valley – Uber e Waymo -, mas não contar com outros nomes de peso neste segmento, casos da Tesla e da Intel, por exemplo.