Usar a tecnologia, sem deixar de apreciar o que está à nossa volta, é fundamental. Até porque o que está à nossa volta pode vir a desaparecer, por exemplo, devido às fortes alterações climáticas a que vamos assistindo.
A imagem de um grupo de turistas dentro de uma gôndola, em Veneza, sempre de olhos postos no telemóvel, e que foi exibida há dias no Facebook, dá que pensar e devemos questionar-nos sobre o que queremos verdadeiramente da tecnologia, mesmo quando estamos em férias.
Queremos ficar alienados pelas redes sociais ou preferimos potenciar o que de melhor a tecnologia nos proporciona para aprender mais e sermos pessoas melhores e mais completas?
Preferimos deixar os nossos filhos colados aos ecrãs durante um jantar de família e amigos, durante as férias, porque “assim não dão trabalho e nem fazem barulho”, ou optamos por nos aborrecer por uns minutos obrigando-os a desligar para depois ganharmos todos, em família, horas e horas de conversa de qualidade?
Deixar de olhar em redor para mergulhar apenas o olhar num ecrã vai tornar-nos pessoas mais isoladas, talvez mais tristes e claramente alienadas da beleza do mundo em 3D que nos circunda.
Hoje o importante é que a tecnologia esteja disponível quando precisamos dela. Tão importante quanto haver wi-fi num destino de férias é ter a vontade e a capacidade para desligar e para resistir a ficar agarrado ao aparelho de telemóvel, quando há tanta coisa para apreciar em torno dos nossos olhos e há tantas pessoas tão ricas em histórias e experiências de vida com quem podemos conversar, aprender e partilhar.
A vida é melhor com tecnologia e, por isso, apresentamos aqui a segunda edição da Insider. Mas é ainda mais rica, se a dosearmos na quantidade certa quando a vida real chama por nós.
E não perca a belíssima história de capa desta edição sobre portugueses que são dos melhores cérebros do mundo em áreas tecnológicas, sem nunca deixarem de olhar em redor.