Lançamento é feito depois de o próprio CEO da JP Morgan Chase ter dito que a moeda digital Bitcoin era uma fraude.
Já lá diz o ditado: ‘nunca digas nunca’. A JP Morgan tornou-se no primeiro banco dos EUA a ter uma criptomoeda própria, chamada de JPM Coin, e os primeiros testes vão começar ainda no ano de 2019. A aposta numa moeda digital acontece depois de várias críticas que representantes da empresa fizeram, por exemplo, ao Bitcoin.
A notícia é avançada pela publicação CNBC, que diz que o objetivo do banco é usar a criptomoeda para tornar mais ágil o negócio dos pagamentos por atacado – com a JP Morgan a mobilizar mais de 6 biliões de dólares por ano neste segmento.
Com a criptomoeda JPM Coin, o banco pode disponibilizar aos seus clientes pagamentos instantâneos em qualquer parte do mundo. O valor da moeda vai estar diretamente ligado ao valor do dólar norte-americano e está a ser criada na plataforma privada Quorum, do próprio banco, que é uma variante do Ethereum, a segunda mais conhecida tecnologia de blockchain.
“Qualquer coisa que existe atualmente no mundo, à medida que passa para a blockchain, isto [JPM Coin] seria a componente de pagamento para essa transação”, disse Umar Farooq, líder de projetos de blockchain na JP Morgan, a propósito desta aposta.
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Mas o discurso é agora muito diferente daquele que já foi ouvido noutras ocasiões. O diretor executivo da JP Morgan Chase, Jamie Dimon, disse que o Bitcoin, a mais conhecida das criptomoedas, era uma fraude – isto em setembro de 2017. “Não podes ter um negócio no qual as pessoas inventam uma moeda do nada e pensam que as pessoas que estão a comprá-la são mesmo inteligentes”.
Em 2018 o discurso suavizou, mas Jamie Dimon voltou a dizer não estar interessado na área das moedas digitais. Foram também elementos da JP Morgan que já consideraram as criptomoedas como “factores de risco”, como lembra a Fortune.
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