Ao fim de 14 anos de desenvolvimentos, a empresa detida pelo milionário Richard Branson conseguiu cruzar – para alguns – a fronteira terrestre para chegar ao espaço.
O turismo espacial está cada vez mais perto de tornar-se uma realidade. O mais recente passo nesta direção foi dado pela Virgin Galactic, que esta quinta-feira conseguiu fazer voar a sua aeronave pela primeira vez até uma altitude que já é considerada por algumas entidades como espaço.
A nave, a VSS Unity, ligou o seu motor de combustão durante 60 segundos, o que levou o veículo até 82,7 quilómetros de altitude, um pouco acima dos 80,4 quilómetros, a distância considerada pela Força Aérea norte-americana como a barreira que separa a a Terra do espaço.
Já a Federação Aeronáutica Internacional considera que a barreira do espaço só é cruzada após os 100 quilómetros de altitude, mas esta medida está atualmente em processo de revisão.
Durante a ascensão, a nave atingiu uma velocidade de Mach 2.9, o equivalente a 3.500 Km/H, escreve a publicação The Verge. Segundo a própria Virgin Galactic, o propulsor da VSS Unity pode funcionar para lá dos 60 segundos, o que significa que a aeronave pode chegar a altitudes superiores em voos futuros.
O máximo que a nave já tinha voado foi 52 quilómetros em altitude.
Por agora estes ainda são voos de teste e a Virgin Galactic não se compromete com uma data para iniciar os seus voos comerciais até ao espaço, que têm um preço de 250 mil dólares, o equivalente a 220 mil euros.
Aliás, a abordagem da empresa norte-americana tem sido muito mais cautelosa depois do desastre que vitimou dois pilotos em 2016 – na altura uma falha de controlo fez com que a aeronave se desintegrasse durante o processo de descida.