A notícia foi dada por acaso: o fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, explicou no Twitter que teve proposta acima dos 146 milhões de euros para vender evento.
O fundador e CEO da Web Summit, Paddy Cosgrave, está em Lisboa esta semana para reuniões importantes, alguns anúncios e decisões para o futuro do evento (e eventos associados) em Portugal, como já falámos esta terça-feira.
Esta manhã, ao comentar no Twitter a venda de um grupo de media irlandês a um gigante belga por 146 milhões de euros, Cosgrave fez uma revelação inesperada: em 2014 teve uma proposta concreta, superior a esse mesmo valor (provavelmente na ordem dos 150 milhões de euros), para vender a Web Summit.
A empresa que faz esse e outros eventos chama-se Manders Terrace Limited e é detida, de acordo com a imprensa irlandesa, em 81% pelo próprio Cosgrave, com os outros fundadores David Kelly (12%) e Daire Hickey (7%) a terem o valor restante.
Paddy explica ainda no seu Twitter: “Em 2014 tínhamos apenas uma grande conferência, a Web Summit, ninguém sabia se poderíamos replicar o modelo noutros locais no mundo, criar o Santo Graal dos eventos. Como se viu, podíamos mesmo”.
Na verdade, em 2014, a Web Summit, ainda na Irlanda, teve apenas 22 mil participantes (esta ano, em Lisboa, foram 70 mil), mas contou com nomes como Eva Longoria, Peter Thiel e Bono. Ainda não havia eventos em Hong Kong ou na América do Norte, mas já havia cobertura de CNN, Fox Business News, Bloomber, BBC e CNBC. Só em 2016 é que a Web Summit se mudou para Lisboa.
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