A polícia de Londres anunciou esta sexta-feira que vai passar a usar câmaras de reconhecimento facial ao vivo, uma tecnologia controversa por filmar os rostos das pessoas que passam nas áreas-alvo sem autorização nem conhecimento das mesmas.
De acordo com o Serviço Metropolitano da Polícia, estas câmaras serão colocadas em áreas onde haja informações que sugiram poderem estar criminosos.
A vigilância em tempo real da multidão pela polícia na capital britânica está entre os usos mais agressivos de reconhecimento facial nas democracias modernas e levanta questões sobre o direito à privacidade.
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Grupos de direitos humanos acusaram a polícia de Londres de ameaçar liberdades civis ao decidir usar esta tecnologia que representa um aumento da vigilância sobre pessoas anónimas.
A polícia de Londres explicou que o sistema de reconhecimento facial, que funciona com tecnologia da empresa japonesa NEC, procura rostos na multidão para ver se correspondem a alguma “lista de observação” de pessoas procuradas por crimes graves e violentos, incluindo crimes com armas e exploração sexual de crianças.
A tecnologia de reconhecimento facial tem vindo a ser alvo de várias críticas, que defendem que se trata de uma invasão à privacidade dos cidadãos. Em alguns pontos do globo, como é o caso de São Francisco, nos Estados Unidos, já foi proibido o uso desta tecnologia por parte das forças policiais.
São Francisco proíbe autoridades de usar tecnologia de reconhecimento facial