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Depois da Huawei, Samsung tem um problema familiar de 7 mil milhões

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A Samsung tem tido na Huawei o seu maior rival na luta pela liderança nas vendas de smartphones mas, agora, a família que controla a empresa, corre o risco de perder o seu controlo. 

Na era digital, a vida das marcas pode sofrer oscilações enormes em pouco tempo. A Huawei tem vindo a ganhar terreno no desejado campo de vendas de smartphones à líder Samsung – em Portugal a Huawei já roubou mesmo a liderança à rival sul-coreana. Há estimativas para que a Huawei seja mesmo a marca mais vendida no mundo já este ano. Agora, com os embargos dos EUA e das suas empresas, como a Google, o negócio da marca chinesa pode ser altamente prejudicado. Mas a Samsung também tem os seus próprios problemas.

Já depois do lançamento falhado do Samsung Fold – o smartphone com ecrã dobrável da marca -, que foi adiado para o verão depois de problemas com os dispositivos, a empresa pode ter nova situação complicada em breve. De acordo com a Bloomberg, a família fundadora e que controla a Samsung corre o sério risco de perder o seu controlo em breve, ao enfrentar um imposto estatal de 7 mil milhões de dólares.

Na Coreia do Sul há uma morte esperada que é aquilo que está a deixar o país em suspenso. A pessoa mais rica do país, o presidente da Samsung Electronics Co., Lee Kun-hee, de 77 anos, está incapacitado desde o ataque cardíaco que sofreu em 2014. A imprensa local tem especulado de forma frequente sobre a sua saúde com vários boatos que ele estaria mesmo às portas da morte.

A obsessão está relacionada com aquilo que irá acontecer após a morte de Lee Kun-hee. Os seus herdeiros vão enfrentar um imposto estatal de quase 7 mil milhões de dólares. Para pagar o valor, a família irá muito provavelmente perder o controlo sobre o grupo da Samsung, indica a Bloomberg. O património líquido de Lee é de cerca de 15 mil milhões de dólares e os seus devem ter de vender parte da herança para cobrir o tal imposto, diluindo assim a sua participação na Samsung.

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A empresa tem indicado que Lee está estável e não tem estado ligado a nenhuma máquina, como tem sido veiculado por alguns meios de comunicação. Além disso, garante que quando ele morrer, a família irá pagar todos os impostos devidos.

Toda esta questão está relacionada com a política tributária da Coreia do Sul, que obriga ao pagamento de 50% do valor de fortunas com mais de 2,5 milhões de dólares. O valor é o segundo mais alto a nível mundial, só atrás do Japão.

O império da Samsung inclui 62 empresas avaliadas em mais de 300 mil milhões de dólares. Embora Lee possua grande parte de algumas dessas empresas – incluindo 4,2% da Samsung Electronics – elas não são grandes o suficiente para lhe dar o controle de todo o grupo. A família depende, assim, de acordos com executivos que administram as empresas associadas e muito desse poder pode-se dissipar com a morte de Lee.

“A família está empurrar com os pés as decisões que vai ter de tomar sobre o que fazer com a sua riqueza e as suas ações”, explica à Bloomberg Chung Sun-sup, diretor executivo da consultora Chaebul.com.

O filho de Lee, Jay Y. Lee, é um dos quatro vice-presidentes da Samsung Electronics, mas até agora ainda não conseguiu a importância que o seu pai conquistou durante décadas na Coreia. Por não existir uma ligação oficial entre todas as empresas, o controlo do grupo é feito pela tal teia de participações cruzadas que Lee Kun-hee foi capaz de usar para manter o controle sobre todo o grupo.

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