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Huawei considera decisão dos EUA “arbitrária” e espera impacto no negócio

EPA/ALEX PLAVEVSKI

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Na primeira reação oficial após a nova restrição decretada pelos Estados Unidos, a Huawei indica que espera algum impacto no negócio.

Para a Huawei, a nova restrição decretada pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, na semana passada, é vista como “arbitrária”.

Na sexta-feira, dia 15, a administração Trump emitiu uma nova ordem, em que são necessárias licenças para a venda de semicondutores feitos no estrangeiro com tecnologia americana. O próprio Departamento de Comércio dos EUA admitia que emendou a regra de exportação neste domínio “para estrategicamente limitar a aquisição por parte da Huawei de semicondutores que são o produto direto de software e tecnologia norte-americana”, noticiava a Reuters.

Com a tecnológica a necessitar deste tipo de equipamentos para os seus equipamentos, desde smartphones até equipamentos para a área das telecomunicações e infraestrutura de rede, o comércio americano tenta criar uma nova limitação à atividade da empresa. Na primeira tomada de posição oficial após a decisão dos EUA, a Huawei reconhece que esta nova limitação representará consequências para o negócio da empresa. “Esperamos que o nosso negócio seja inevitavelmente afetado. Vamos tentar de tudo para encontrar uma solução”, avançou o chairman da empresa, Guo Ping, citado pela agência Reuters.

O responsável da empresa classificou ainda a decisão da administração Trump como “arbitrária e perniciosa” e como algo que representa uma “ameaça e que mina toda a indústria a nível global”.

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“A Huawei opõe-se categoricamente à emenda feita pelo Departamento de Comércio dos EUA e à regra de proteção direta de produtos estrangeiros que tem especificamente a Huawei como alvo”.

Durante estas declarações, que foram feitas numa conferência de analistas realizada anualmente pela Huawei, o mesmo responsável reforçou que a tecnológica chinesa está disposta a atuar em conformidade com as regras dos EUA e que “aumentou significativamente a pesquisa e desenvolvimento e inventário para ir ao encontro das pressões dos EUA”.

Além desta decisão, a Huawei figura também na lista de entidades com quem é necessário ter licenças e autorizações caso empresas norte-americanas queiram ter algum tipo de negócio. Também na altura a Huawei indica que a sua inclusão na lista foi feita de forma “injustificada”.

A tensão entre o governo dos Estados Unidos e a Huawei dura há um ano, desde que a empresa foi incluída na chamada ‘lista negra’ comercial. Os EUA justificam esta desconfiança para com a Huawei com questões de segurança dos dispositivos. Por sua vez, a tecnológica chinesa continua a indicar que as acusações dos EUA são feitas sem fundamentos.

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