A Oracle Portugal faz um “balanço positivo” do primeiro ano do centro de desenvolvimento de Matosinhos, instalado na Lionesa. Country manager refere que o objetivo inicial de recrutamento de cem colaboradores já foi entretanto ultrapassado.
A empresa de tecnologias de informação tem o seu ano fiscal quase inverso ao ano civil. Enquanto há quem aproveite para apresentar tendências para este ano, a filial portuguesa dá indicações sobre os resultados do segundo trimestre do ano fiscal de 2020, que vai de 1 de setembro a 30 de novembro de 2019. Embora não sejam especificados números por indicação da casa-mãe, durante esse período, a operação portuguesa registou “um crescimento a single digit”, indica Bruno Morais, country manager da Oracle Portugal, explicando que a área de bases de dados autónomas foi “um produto estrela”.
A cloud continua a ter peso na operação nacional, tal como o software de ERP (Enterprise Resource Planning). O responsável da Oracle Portugal indica que, por cá, “a área de cloud registou um crescimento a dois dígitos”.
A nível global, a Oracle atingiu 9,6 mil milhões de dólares de receitas (8,66 mil milhões de euros à conversão atual) durante o seu segundo trimestre de 2020. Já a área de cloud registou a nível internacional um volume de negócios de 6,8 mil milhões de dólares (cerca de 6,13 mil milhões de euros).
Em Portugal, o investimento da empresa continuará a incidir “na transição para a cloud”, que consiga acompanhar o ritmo do cliente. Além disso, a filial portuguesa refere que pretende continuar “a investir em parcerias”, já que os clientes vão ter contrato com mais do que um fornecedor de cloud, apostando em soluções complementares. Ao lado, estava justamente um dos clientes da Oracle, Nuno Vasco Lopes, CEO da portuguesa Glintt, empresa dedicada a soluções tecnológicas na área da saúde.
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Em 2019, a Oracle inaugurou um novo centro de desenvolvimento, em Matosinhos, dedicado à solução de retalho desenvolvida pela Oracle. Se, inicialmente, o objetivo era prestar apoio à região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), o centro está atualmente a prestar apoio a nível internacional. “É algo que me dá satisfação enquanto português e enquanto multinacional”, destaca Bruno Morais. Instalado no centro empresarial da Lionesa, o centro da Oracle Portugal apoia também clientes dos Estados Unidos e América Latina.
Na altura do anúncio, o objetivo de contratação estava situado nos cem colaboradores até ao final de 2019. Durante o encontro com a imprensa, embora a empresa não especifique números, revela que “o objetivo de recrutamento já ultrapassou a fatia inicial das cem pessoas no primeiro ano”.
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Tal como acontece a várias empresas no panorama das tecnologias de informação, a Oracle Portugal revela que não está a conseguir contratar ao ritmo pretendido. “É um desafio importante na capacidade de recrutar ao ritmo de que precisaríamos e gostaríamos.”
Embora o ano fiscal da Oracle esteja quase a meio, Bruno Morais mostra-se “otimista” em relação à operação no mercado português. “Estamos a meio do ano fiscal, mas continuamos a ver otimismo em Portugal”, sublinha Bruno Morais, destacando “indústrias em enorme ebulição”.
“Mantemo-nos positivos e continuamos a ver investimento”, conclui.