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Artica. Criatividade nacional invade universo Avengers

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Da oficina da Artica estão a sair soluções tecnológicas que vão fazer parte de exposições relacionadas com o universo Avengers e o Parque Jurássico.

Tinham lá pela oficina um motorzinho, que tinha a capacidade de girar sozinho, e perguntavam-se “o que vamos fazer com isto?”. Da pergunta à execução foi apenas um passo: em maio/junho o “motorzinho” da Artica vai fazer parte de uma nova instalação da exposição Avengers S.T.A.T.I.O.N, onde um peso, a simular várias toneladas, vai testar com estrondo a resistência do escudo do Capitão América. Antes disso, em janeiro, vão ter ativações na exposição Mundo Jurássico, que vai estrear-se na China, e vão ainda contribuir para a renovação da exposição Transformers. Até 80% da faturação da empresa vem do exterior.

“Um contacto leva ao outro, numa espécie de bola de neve, até que chegamos a este cliente (a Victory Hill Exhibitions), que tem uma série de exposições de filmes e produções cinematográficas”, conta Guilherme Martins, um dos cofundadores da Artica, projeto lançado em 2011 com André Almeida. Mas a ideia de criar um projeto que combinasse criatividade e tecnologia surgiu há mais tempo “na cabeça deles”. Mal se conheceram “numa outra experiência profissional (na YDreams) em 2005, o Guilherme fazia design e eu programação, houve logo uma grande química”, conta André Almeida. “Em 2010, fizemos de conta que tínhamos uma empresa e fomos ao mercado. E, quando vimos que estava recetivo, decidimos fundar a Artica.”

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O primeiro cliente foi Leonel Moura, um artista que faz pintura automatizada com robôs, para o Stand Lisboa e Vale do Tejo, na feira Portugal Tecnológico, na FIL. “Tornámos as pessoas que visitavam o stand coparticipantes numa pintura coletiva. Criámos um sistema de agentes que pintava quando tinha gente na sua proximidade”, descreve André Almeida. Foi o início do que descrevem como de “alfaiataria tecnológica”. Ou seja, “fazer soluções tecnológicas a quem nos aborda, desde multimédia ao software, hardware, às estruturas e cenografia. Não temos nada tabelado”, explica Guilherme Martins.

Trabalham com a Victory Hill Exhibitions há quatro anos em várias exposições com o universo Avengers – uma fixa em Las Vegas e outras quatro que circulam pela Ásia, Oceânia, Rússia e “em breve Paris ou Praga” – ou Transformers. Mas não é o único cliente internacional da empresa sediada no Madan Parque, na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no Monte da Caparica. “Estamos a trabalhar com a Audience Entertainment, que tem o sonho de fazer que todas as salas de cinema sejam interativas. As pessoas estão a ver o filme e tanto o conteúdo do filme como os anúncios podem interagir com as pessoas”, adianta André Almeida.

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Cerca de cem salas de cinema nos Estados Unidos têm instalados os sistemas da Artica. “A última ativação foi com o Terminator, onde tínhamos uma sala com 1200 pessoas, com o telemóvel a interagir”, lembra André Almeida. Dois dos clientes internacionais da Artica. “Temos sido sempre sustentáveis e temos crescido ao longo do tempo. Éramos dois e hoje já somos uma equipa de oito pessoas. Começámos na garagem (de um amigo em Almada) e hoje temos todo este espaço”, diz André Almeida. O cofundador não revela valores de faturação, mas adianta que “entre 60% e 80% do volume de negócios é do mercado externo”. O

s gestores de centros comerciais Mundicenter ou Sonae Sierra – para os quais criaram elevadores imersivos no Amoreiras Shopping ou com um aquário virtual no Vasco da Gama – estão entre os clientes nacionais, mas também a agora agência de publicidade WundermanThompson (criaram o Toppi, um robô com capacidade de costumizar chocolates KitKat de acordo com os desenhos dos utilizadores e que fez o tour dos festivais de verão).

 

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