Os dez ‘flops’ tecnológicos que marcaram 2018
Portal: a primeira tentativa de hardware do Facebook, vendido em nome próprio, não correu bem. A rede social esteve envolvida em demasiados escândalos de privacidade – o que não ajuda propriamente a vender um gadget destinado a fazer a chamadas de vídeo a partir do conforto da sua sala. Facebook: a rede social teve um ano negro. Tudo começou com o escândalo de privacidade da Cambridge Analytica, em abril. Com a confiança traída, foram muitos os utilizadores que abandonaram o Facebook – que já tinha dificuldade em conseguir manter o público mais jovem. Mais tarde, seguiram-se os ataques informáticos e as reportagens do New York Times sobre os problemas internos e até as manobras de relações públicas de uma empresa ligada ao partido republicano dos Estados Unidos. Magic Leap: depois de tantos anos de espera e muitas rondas de investimento, em 2018 o headset de uma das startups mais polémicas dos últimos anos tornou-se uma realidade. Quer dizer, realidade com muitas condicionantes, já que só ficou disponível em alguns pontos dos Estados Unidos e ainda na versão experimental. O facto de haver poucos conteúdos disponíveis também não convenceu o mercado. Pixel Slate: durante meses, criou-se uma grande expectativa à volta do novo tablet da Google – o primeiro a usar Chrome OS em vez do sistema operativo Android. Com a chegada ao mercado, a quantidade de bugs de software e a estranheza do teclado acabaram por não convencer os utilizadores. RED Hydrogen One: durante meses foram-se construindo expectativas para a RED chegar ao mercado com um smartphone demasiado caro para aquilo que entrega. E que, a juntar a isto, ainda chegou demasiado tarde ao mercado com um processador de 2017. A câmara também não ajudou… Criptomoedas: durante um tempo, as criptomoedas chegaram a valores astronómicos. No final do ano, o encanto acabou e as quedas foram abruptas. Em 2018, a esperança depositada nas criptomoedas também não correspondeu às expectativas e as criptomoedas não conseguiram propriamente recuperar. Snapchat: em 2017 entrou em bolsa e a valorização era astronómica. Passado algum tempo percebeu-se que não era bem assim. As histórias do Instagram roubavam terreno à Snap e o número de utilizadores reduzia-se, na ordem dos milhões de utilizadores. Uma atualização ao design da app Android nunca chegou a resultar completamente. Este ano, também houve outro duro golpe para o Snapchat: em setembro, perdeu o responsável de estratégia, Imran Khan; em novembro, ficou sem Nick Bell, vice-presidente para a área de conteúdo. HomePod: chegou às lojas no início do ano e, na verdade, nunca chegou a entrar no mesmo campeonato da Amazon Echo ou da Google Home. Porquê? A incompatibilidade com outros gadgets inteligentes fora do HomeKit da Apple não ajuda; o facto de também estar limitada no streaming de música (só pode ouvir música a partir da Apple Music) não é propriamente uma vantagem. Google+: nunca fui uma rede social na completa aceção da palavra; o facto de qualquer utilizador de uma conta de Gmail ter acesso automático ao Google+ trouxe os números, mas não a fidelização de utilizadores. Em 2018, a revelação de uma fuga de dados de dimensões consideráveis ditou o anúncio de fim do serviço, marcado para agosto 2019. Recentemente, uma nova fuga de dados, que terá afetado 52,5 milhões) ditou o antecipar dessa data – o fim do Google+ está marcado para abril de 2019. Project DragonFly: o projeto mais ou menos secreto da Google para um motor de busca na China, com a possibilidade de censurar conteúdos, mereceu a reprovação de várias fontes – incluindo dos funcionários da gigante da Internet. Os funcionários acusaram a Google de ser “cúmplice na opressão e no abuso dos direitos humanos”. Foto: REUTERS/Arnd WIegmann
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