O conceito de pele inteligente com capacidade para mudar de cor não é propriamente novo, mas os cientistas têm sérias dificuldades na questão da resistência. O avanço mais recente é inspirado nos animais mais conhecidos pela mudança de cor: os camaleões.
Mesmo quando conseguem desenvolver uma pele ‘smart’, que possa mudar de cor, os cientistas têm dificuldades em conseguir torná-la resistente. Além disso, outro dos problemas passa pela resistência às mudanças de temperatura. Para isso, uma equipa de cientistas do instituto norte-americano MIT inspirou-se nas capacidades de adaptação dos camaleões para uma nova experiência.
Segundo a revista científica ACS Nano, que dá destaque aos avanços na área da nanotecnologia, os cientistas do MIT viram dezenas de vídeos de camaleões a mudar de cor, para perceber ao pormenor como acontece o fenómeno. Os cientistas referem que a pele dos camaleões pode mudar de cor devido a cristais fotónicos na pele. À medida que os músculos são contraídos, a forma como a luz é refletida cria diferentes padrões, o que resulta na mudança de cor.
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Quando a lógica dos cristais era adaptada à pele desenvolvida em laboratório, começavam os problemas: quanto maior era o número de cristais presentes no hidrogel (a substância que assegura a transformação da cor), menor era a resistência da pele. Por isso, a conclusão quase saiu de um ditado: menos é mais.
A equipa de cientistas reduziu a quantidade de cristais presentes no hidrogel, o que possibilita a expansão e mudança de cor da pele inteligente sem grandes danos.
A equipa acredita que esta pele inteligente, com capacidade para mudar de cor, poderá ser útil a várias indústrias, desde a moda até à sinalética. As possibilidades são consideráveis: torna-se possível ter uns sapatos que mudam de cor consoante a vontade do dono ou até ter sinais de indicação que mudam à medida das necessidades.
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